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A restauração do equilíbrio orçamentário municipal

A história de uma cidade é marcada por etapas. Umas boas, outras nem tanto. Marcantes na administração mu­nicipal local foram os períodos de Joaquim Macedo Bitten­court, Condeixa Filho, Costábile Romano, os primeiros de Gasparini, os dois de Antônio Duarte Nogueira, bem como o primeiro de Antônio Palocci Filho. Em paralelo com notá­veis iniciativas privadas, fizeram a cidade evoluir, tornar-se polo regional. O poder público ainda tinha certo equilíbrio orçamentário e capacidade de investimentos. Isso já não ocorre mais.

Poder Executivo sem controle e Poder Legislativo de­sencontrado e sem poder de fiscalização desencadearam o descalabro, resultando a impossibilidade de a administração atender sequer aos serviços básicos. Neste período “pós Se­vandija”, a Sociedade, o Poder Executivo e o Poder Legislativo devem se entender. Urgem algumas providências inadiáveis, tais como o equilíbrio orçamentário, a equalização atuarial do Instituto de Previdência do Municipiários – IPM, a volta da capacidade de investimentos do DAERP, uma solução para a TRANSERP.

É de se lembrar que, mesmo antes da atual administração assumir, notáveis especialistas em administração, dentre eles o Prof. Alberto Borges Mathias, propuseram cerca de 30 me­didas para serem implementadas, objetivando a restauração das finanças municipais. Algumas delas vem sendo adotadas, mas com dificuldades, haja vista a recusa da Câmara Muni­cipal em aprovar a reavaliação da Planta Genérica de Valores – PGV – base de cálculo para tributação do IPTU.

Daí a necessidade de um amplo entendimento entre as entidades da sociedade civil e os poderes municipais. Para tanto, o Sr. Prefeito Municipal deveria elaborar três projetos de Lei: 1. O da reforma administrativa, prevendo inclusive um Plano de Demissão Voluntária – PDV; 2. Um outro que possa equilibrar as contas do Instituto de Previdência dos Municipiários-IPM, com critério atuarial e 3. Este terceiro projeto, de aumento de imposto, como é o caso da reavaliação da Planta Genérica de Valores – PGV. Mesmo um 4° e um 5° projetos poderiam ser cogitados, o da privatização do DAERP e a extinção da TRANSERP.

O objetivo principal seria o de equilibrar o orçamento e permitir que a Municipalidade suportasse os serviços básicos, tivesse a capacidade de, em parceria com a iniciativa priva­da, de investimentos em inovações tecnológicas produtivas e a cidade, em decorrência dessas providências se tornasse, ao seu tempo, uma “Smart City”, moderna, eficiente e justa socialmente. Dos projetos citados, e mais urgentes, um regu­larizaria o outro. O aumento ou não de imposto dependeria da extensão maior ou menor que se conseguisse na reforma administrativa ou no equacionamento atuarial do IPM. Esses projetos, obviamente seriam submetidos a audiências públi­cas, para a manifestação da sociedade organizada e, finalmen­te, colocados à votação pela Câmara Municipal. Isso é fazer POLÍTICA, não apenas com o P, mas com todas as letras MAIÚSCULAS.

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