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A resistência do carnegão

O presidente brasileiro fez muito bem em prestigiar o seu ministro da econômica, que esteve radicado no Chile, durante a ditadura de Pinochet, indo a aquele país, defender a tortura e a ditadura, porque o incendiado povo chileno o recebeu como gasolina no fogo tão inusitada presença, fervi­lhando no pedido de nova Constituinte, para romper de vez com a estrutura jurídico-social da ditadura. O efeito do repu­dio à contribuição brasileira é o alargamento da democracia. Lá modelo neoliberal serve de advertência ao Brasil, que está sendo desossado, como republiqueta vassala.

Ele fez muito bem em criticar a força eleitoral argentina, que seria vitoriosa, porque ele a criticando fez a vergonha nacional daquele país mostrar sua dignidade, e o efeito à desastrada contribuição brasileira, foi como um tiro daquela espingarda enferrujada, que serviu de símbolo a vitória presi­dencial do Brasil, na qual não precisou apresentar programa, nem falar ele precisou, para subir as rampas do Palácio do Planalto. Mas, em relação à Argentina, o miliciano-mor caiu do cavalo, apesar de ser da cavalaria do exercito.

Ele fez muito bem em se declarar vassalo do carnegão norte-americano, que nunca permitiu a familiaridade que ele gostaria de tê-la, apoiando-o à distância, na sua campanha de reeleição frustrada, assistindo o seu filho de boné e camiseta pró-carnegão, justamente aquele que desejava ser embaixador lá, só porque aprendera, lá, a fazer cachorro quente de quer­messe, para o distinto público do OK. E nosso miliciano-pre­sidente apoiou sempre o carnegão e até fazendo continência à bandeira estrangeira, para contribuir como sempre para a nunca sonhada derrocada, apesar de sua vassalagem sincera.

O carnegão ou carnecão, que é aquela meleca clara que de­mora sair com o pús do furúnculo, não quer sair de seu lugar de poder, lá nos Estados Unidos. Ele que desacreditara a ciên­cia, ele que mão preparou nem preveniu o país para eventu­alidade de uma pandemia, apesar da equipe de transição do Obama ter-lhe entregue estudo sobre a eventualidade de uma epidemia no país, estudando os anteriores surtos endêmicos.

Ele que lançou mentiras aos milhares, durante o seu mandato; ele que rompeu com a política multilateral, ele que não acredita na contaminação do ar, ele que trata a natureza humana tal como a natureza das coisas, com a arrogância de quem tem compromisso só consigo mesmo; ele que, por um triz não causou uma terceira guerra mundial, com o assassi­nato do general iraquiano; ele que saiu do Clube de Paris, que pretende salvar o planeta salvando a natureza: ele que atacou os veteranos das guerras perdidas pelo país, dizendo-os per­dedores simplesmente; ele que ataca a imprensa, no texto e no contexto de sua mentiras: ele que viola os princípios básicos da democracia, que no plano político consagra a tolerância e o diálogo: ele que arruma desavença gratuitamente; ele que diz e que desdiz sem nenhuma cerimônia, ele não aceita a derrota nas urnas, ele quer ficar mais, apesar das urnas devol­ver-lhe e epiteto de seu programa de televisão – está demiti­do; ele não quer sair da Casa Branca.

Ora, se nosso miliciano-presidente repetia o carnegão norte-americano em tudo, não é demais esperar dele coisa igual ou pior.

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