Tribuna Ribeirão
Artigos

A reciclagem das pessoas e a coleta seletiva

Quando ouvimos a palavra reciclagem de forma isolada, a primeira coisa que nos vem à cabeça é lixo. Talvez aí resida a dificuldade de fazer com que as pessoas compreendam que reciclagem de resíduos sólidos na verdade significa reiniciar o ciclo de uso, isto é, transformar o que seria lixo para a reutili­zação, diminuindo os impactos negativos ao meio ambiente.

A palavra reciclagem quando diz respeito às pesso­as remete para reaprendizado, isto é, transformação do conhecimento e da cultura partindo daquilo que já se tem adquirido para algo novo ou mais aprofundado, atualiza­ção e aprimoramento.

Portanto, a palavra que se tem em comum quando nos referimos à reciclagem de resíduos e das pessoas é transfor­mação e essa é necessária para ambos os casos.

Com relação aos resíduos sólidos a transformação per­mite diminuir o volume de materiais lançados no meio am­biente reduzindo assim a poluição. Com relação às pessoas a transformação permite, dentre outras coisas, diminuir os erros de comportamentos danosos à sociedade com melho­ria da eficiência.

Com esta análise, podemos afirmar que para a assimilação da cultura da coleta seletiva de resíduos sólidos se faz neces­sária a realização de programas permanentes de reciclagem das pessoas com o tema da educação ambiental.

Ressaltamos que de acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, que instituiu a política nacional de resíduos sólidos, são instrumentos desta política a coleta seletiva e a educação ambiental, tendo como princípio expresso o desen­volvimento sustentável.

Estas medidas ambientais devem ser colocadas entre as prioridades da administração pública e da sociedade, pois além de contribuírem para a preservação do meio ambiente tem sua função econômica.

Neste contexto, órgãos educacionais como as escolas do Poder Legislativo e as escolas de governo muito podem con­tribuir com a reciclagem e formação das pessoas no que tange à mudança da cultura do desperdício para atitudes ambiental­mente corretas.

“Seu moço quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção
Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
– O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
– O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
Hoje todo são “doutô”, eu continuo joão ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: – João foi meu colega, como eu me sinto feliz
E dizem: – João foi meu colega, como eu me sinto feliz
Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas, e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião”.

Postagens relacionadas

Enciclopédia

Redação 1

Quando o vírus ideológico ataca

Redação 1

Influências do Jornalismo na Dramaturgia Brasileira

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com