Tribuna Ribeirão
Geral

A primeira Superlua do ano

ALFREDO RISK

Nesta segunda-feira, 3 de julho, ocorreu a primeira Superlua do ano, batizada de “Buck Moon” – ou Lua dos Cervos, em tradução livre – pela cultura nativo-america­na estadunidense, segundo a Agência Aeroespacial dos Es­tados Unidos (Nasa).

O nome é creditado ao ci­clo de crescimento anual dos chifres de cervos machos, que tipicamente caem em janeiro ou fevereiro e atingem o ápice do crescimento em julho, para que possam estar totalmente formados durante a tempora­da de acasalamento, que vai de setembro a dezembro.

Em Ribeirão Preto, o fotó­grafo Alfredo Risk captou ima­gens da majestosa Lua na noite de ontem. Além da Superlua de segunda-feira, outras qua­tro estão programadas para 2023 e prometem muita beleza para quem aprecia a natureza e os mistérios do universo.

A Lua vista no céu nesta segunda-feira é alvo de diver­gências de classificação, já que diferentes entidades conside­ram critérios distintos para determinar se houve uma Su­perlua ou apenas uma clássica lua cheia. A expressão “super­lua” não é uma definição astro­nômica oficial e, por isso, seus critérios de classificação não são consensuais.

O motivo dessa divergência tem uma explicação: a expressão “superlua” não tem exatamente uma definição astronômica. O astrólogo Richard Nolle inven­tou essa palavra em 1979, que ficou famosa. Por causa disso, alguns sites de astronomia co­meçaram a usá-la.

No entanto, como esse não é um conceito importante para o campo, sua definição não é aceita por todos e seus critérios de classificação não são um consenso. O departamento da Nasa que consolida informa­ções sobre a Lua (o Nasa Scien­ce Earth’s Moon) considera a lua cheia desta segunda-feira uma Superlua.

O Observatório Nacional do Brasil (ON) e o Observató­rio Real de Greenwich, referên­cias mundiais na astronomia, não aplicaram este status. Uma Superlua ocorre quando a lua cheia acontece próxima ao peri­geu (quando ela está mais pró­xima da Terra). Para a maioria das entidades, a distância terá que ser abaixo de 360 mil quilô­metros. As próximas superluas, de acordo com o Observatório Nacional do Brasil, serão em 1º e 30 de agosto.

Perigeu
A Superlua é resultado da combinação de dois aconteci­mentos: a aparição da lua cheia (quando Sol e Lua estão alinha­dos, e os raios solares atingem de forma frontal, e sem obstáculos, o satélite natural da Terra), e o perigeu, momento em que essa lua cheia, que orbita o planeta terrestre, se encontra mais pró­xima da Terra.

Mais brilhante
A equação astronômica per­mite que as pessoas consigam visualizar, de forma aparente, a Superlua 16% mais brilhante e 6% maior em comparação com as luas cheias convencionais, se­gundo o site Space.com. Contu­do, de acordo com o astrônomo Carlos Andrade, essas diferen­ças dificilmente podem ser vis­tas por aqueles que não têm um olhar “treinado”.

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