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A polêmica do IPM – Sindicato critica medidas do governo

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RP), Laerte Carlos Augusto, diz que o “o governo, num só tempo, con­seguiu cometer um grave erro sobre as regras previdenciárias, demonstrar ingratidão com o servidor municipal e apre­sentar para a sociedade uma situação que não é correta. O governo quer sócios desavi­sados para o seu propósito de provocar a diminuição ilegal e injusta no salário dos servi­dores municipais.”

Ele garante que o cálculo atuarial é o que dá susten­tabilidade para a execução da política previdenciária, “atento sempre para a relação entre custeio e pagamento de benefícios. Quando o assun­to é Previdência, o município é, ao mesmo tempo, credor e devedor. Na qualidade de credor, o município, através do IPM, impõe a obrigação aos servidores municipais ao recolhimento da contri­buição previdênciária, bus­cando assim o custeio das aposentadorias. Na segunda condição, como devedor, o mesmo município, através do IPM é compelido, por lei e pela Constituição Federal, a pagar o benefício aos segurados e seus dependentes que obtiveram o direito a aposentadoria.”

Ele diz que “o cálculo atu­arial previne o rombo. Ele é a base do equilíbrio. Se há qualquer dificuldade é de natureza gerencial e não atu­arial. É problema de curto prazo, gerencial. E aumento de alíquota só pode ser pen­sado a partir do momento em que um cálculo atuarial isen­to, profissional apontar para isso. Nada aponta para isso.” Ressalta ainda que “o gover­no não pode aplicar recursos de natureza previdenciária em outras áreas.”

Augisto ressalta que “o governo, mais uma vez, en­tra de forma desavisada na barulhenta campanha de di­famação dos servidores pú­blicos e seus direitos e pro­mete aquilo que não poderá entregar. Cada estado e mu­nicípio administra de modo independente seu Regime Próprio de Previdência So­cial (RPPS), porém as regras básicas referentes a critérios de acesso, fórmula de cálculo, mecanismos de indexação e mesmo pisos para alíquotas de contribuição são definidas na Constituição Federal.

Laerte Carlos Augusto critica decisão do governo

Tribuna – Diante do anúncio do governo, o que o sindicato pretende fazer?
Laerte Carlos Augusto – Defender a Constituição e o respeito aos nossos trabalhadores. Nós temos o compromisso de defender atuar em todas as frentes e mobilizar a categoria para lutar sem tréguas e sem vacilo para preservar o IPM dos ataques constantes do governo. O governo atual repete em Ribeirão Preto aquilo que governos iguais ao seu fizeram pelo país afora: aviltamento das condições de trabalho, ataque sistemático a contratação via concurso público, terceirizações e quarteirizações e incapacidade de fazer nossa cidade crescer.

Tribuna – Qual o futuro do IPM?
Augusto – A aposentadoria dos servidores municipais através do IPM é apenas o instrumento final do reconhecimento público ao trabalho peculiar dos mais de dez mil profissionais que atuam em todo o serviço público municipal, baseado na dedicação integral e praticamente exclusiva e na renúncia a direitos usufruídos por muitos trabalhadores da iniciativa privada. Quem critica a segurida­de dos servidores municipais ignora que, desde entram no serviço público pela porta da frente, através de concursos, eles financiam suas aposentadorias.

O IPM tem futuro porque ele é expressão da grandeza da nossa cidade e do nosso funcionalismo. Quem está se apequenando é o governo, tentando diminuir a sua considerável dificuldade política buscando atrair vereadores para dividir o ônus de prejudicar mais de dez mil servidores municipais e ameaçar aposentados. O governo deveria convidar o nosso Legislativo na hora de dividir os bônus e não armar arapucas para atrair vereadores para notícias ruins, unilaterais e distorcidas.

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