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A pobreza no Brasil

Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 2019 seis em cada dez crianças e adolescentes brasileiros apresentaram uma ou mais das oito manifestações de pobreza, ou seja: trabalho infantil, privações de acesso a moradia digna, privações à água, ao saneamento básico, à informação, à renda suficiente, à alimentação e à educação.

Esses dados permitem afirmar que mesmo antes da pan­demia pelo menos 32 milhões de brasileiros com até 17 anos de idade viviam na pobreza, considerados os critérios citados acima. Isso representa nada menos que 63% da população abaixo dos 17 anos.

São dados fornecidos pelo jornal “Folha de São Paulo” de 15/02/2023. Dados disponíveis pelo IBGE até 2022 (para a Educação) e 2021 (para os outros) mostram que o crescimen­to das privações de direitos fundamentais ainda aumentaram durante a pandemia.

A linha de pobreza monetária extrema é de menos que US$ 1,90 por dia, por pessoa. Os pesquisadores da Unicef chegaram à conclusão de que o percentual de crianças e adolescentes vivendo em famílias que estão abaixo desta linha de pobreza monetária extrema alcançou o maior nível nos últimos cinco anos (16,1%, quando, em 2017, era 13,8%).

Na Educação a taxa de analfabetismo dobrou e passou de 1,9% para 3,8%. Como era de se esperar, a pobreza multifa­torial, teve maior impacto nas populações mais vulneráveis, como negros, indígenas e os moradores das regiões Norte e Nordeste do País. Isso agrava ainda mais nossas desigualda­des e justifica as preocupações com a evolução do País.

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