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A novela não acabou

Em tempos de pandemia, toda semana episódios inesperados, inéditos. Bem ou mal temos vacinação. A primeira não causou impactos: a pressão arterial se man­teve, a ocular também e não virei jacaré, graças a Deus! Amanhã uma segunda chinesinha me espera, tem hora e lugar marcados. Devo ir? Estou indo ou desisto? Fujão, não. Vou! Não sangra, não dói, não custa nada.

Também, pudera, não recebi certificado algum. Tem validade? Parece que é tudo na base do “fio do bigode” (de quem?) Mas ali ninguém tem bigode (nem o Do­ria). Então a espetada não garante nada! “Fake”? Vai na confiança, nos políticos! Pura inocência. Até novembro de 2022 é torcida e orações: Santo Expedito (o das causas impossíveis) vai se estressar, seja como ele quiser e a gente aguentar.

Na primeira semana comecei anotando, infectados, depois os mortos, a falta de leitos, de respiradores, e os números aumentando. Busquei mais papel, passei para o computador, e os números aumentando. Tudo acabaria quando atingisse o “platô”, dizia o da Saúde que se foi; fiquei com os números no papel e na cabeça. Veio o subs­tituto, nem esquentou a cadeira. Foi logo “pro espaço” e nas nuvens sumiu.

Deve estar em órbita, com o da Tecnologia (já vol­tou?). Veio Pazuello e os números pioraram. Agora, o novo, com nome de jogador “equatoriano”, parece que assumiu ou­tro posto, o de comprador, como nas grandes empresas. É de risco, sem prazo de validade e vive vigiado (por que será?). Confesso que já ando exausto dos cálculos da TV, nem racio­cino a desgraça (pra quê?). Ainda bem que Brasília quebra o mal estar, foi assim na semana passada.

Coube ao Supremo mandar instalar a CPI batizada de Comissão da Pandemia. Bolsonaro reagiu achando que era a do “impeachment” (Presidente, ainda não é a hora). Certamente lembrou fala do Dr. Ulisses: “só sabemos como se inicia”. Bolsonaro se preocupa com o final, como se encerra! Com razão, estas iniciais (CPI) não se ensina, as crianças saem sem saber que se referem a uma Comis­são Parlamentar de Inquérito – pode ser o “embrião” de um “impeachment” (outro?).

A CPI da pandemia dispensa investigações: está nos jornais, dito pelo próprio Presidente. É mais um “palco” para reviver o ano. O que se falou e não se fez, “uma gri­pezinha”, “… e daí, todo mundo vai morrer mesmo”. CPI é política, dos políticos, para os políticos, manobrada por eles, o que vai dar? Nada, como tantas que nem se sabe delas. E nós acreditamos…

A outra (da semana) foi o aniversário do Lula: três anos da sua escandalosa “entrega” à Justiça de Curitiba (em 7 de abril), como ele se considera. Lembram? Foi so­lene, o único preso que teve direito a discurso de três ho­ras, à porta do sindicato, sem chorar, esperando a polícia chegar. Como ela não veio, decepcionado (sem o finaldo seu filme), vestiu o saudoso paletó surrado (não abotoa na barriga) e se foi, pelas telas da TV, em rede nacional, ao vivo e a cores (“… e pelas ruas vão te seguindo…”) E não fugiu! (Resistente heroico ou cenas do próximo capítulo?) Quanta “dignidade”…

Vamos ter que ouvir isso no ao que vem: a novela não acabou. Dá pena dos nossos “escutadores”, sem filtro (me­lhor que ser surdo).

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