Tribuna Ribeirão
Geral

A música sem fronteiras do Cao Laru

THAIS ANDRESSA

A banda viajante Cao Laru vai estacionar em Ribeirão Pre­to nesta quinta-feira, 18 de abril, para única apresentação na cidade. Formado por quatro brasileiros, duas francesas e uma italiana que vem rodan­do o mundo em uma perua Volkswagen Kombi e mo­torhome desde 2016, o grupo estará no Armazém Baixada, a partir das 22 horas, para apre­sentar as canções de seu segun­do álbum, batizado “Fronteiras”.

A casa fica na rua Duque de Caxias nº 141, no Centro Velho de Ribeirão Preto. Mais informações pelo telefone (16) 99251-5127. Os ingressos es­tão à venda na bilheteria do Armazém Baixada e custam R$ 15 e R$ 10 para quem in­cluir o nome na lista até as 17 horas desta quinta-feira (18). O local tem estacionamento próprio – sai por R$ 10. Não é permitida a entrada de menores de 18 anos e é obrigatória a apre­sentação de documento.

Um muro de concreto se­parando os Estados Unidos do México; brasileiros reclamando da entrada de venezuelanos no país; o Brexit e a Europa que se fecha para a imigração. Es­querda contra direita. Falsas notícias e a verdade. Vida di­gital e vida real. Quantas divi­sões existem entre nós e quan­tas ainda podem surgir? O Čao Laru reflete sobre as barreiras que nos separam em seu segun­do álbum, “Fronteiras”, lançado em fevereiro nas plataformas digitais. O disco, com 13 faixas inéditas, também terá edição es­pecial em vinil.

O Čao Laru (pronuncia-se Tchau Larru) é formado por músicos do Brasil e da França que se conheceram em 2015, durante o mestrado em Peda­gogia Musical, em Rennes, na França. Desde então, já passou por mais de 20 países e lançou um disco, “Kombiphonie”, além de um primeiro EP chamado “Čao Laru”, lançado em 2016.

No ano passado, a turnê deste álbum no Brasil rendeu no primeiro semestre 40 shows no Brasil e mais 50 na Argenti­na e no Chile além de 60 apre­sentações na França e na Suíça no segundo semestre. É natu­ral, portanto, que a partir deste contato com diferentes culturas e fronteiras o tema da diáspora moderna transborde nas letras do novo trabalho.

“É um disco que discuti­mos temas sociais e políticos dos países em que estivemos, e no qual estão impressas nos­sa solidariedade, resistência e esperança no ser humano, questionando o tempo inteiro o porquê das fronteiras”, con­ta Noubar Sarkissan, brasileiro com anos de vivência na Fran­ça e responsável pelo cavaqui­nho, violão, pandeiro e voz.

Laura Aubry (acordeom e voz), Marie Tissier (violoncelo e voz), Cecilia Iovino (sapateado, dança e voz), Felipe Trez (bate­ria), Fábio Pádua (flauta, clari­nete, violão e bandolim) e Pedro Destro (baixo elétrico) comple­tam a formação. Noubar assina a composição de “Teu dólar não vale mais”, lançado como single em dezembro e que conta com participação de Juliana Strassa­capa, da Francisco El Hombre.

Musicalmente, “Fronteiras” mostra o grupo experimen­tando novos territórios. As re­ferências brasileiras e francesas de “Kombiphonie” (chacareca, afoxé, samba, o baião e a valsa francesa) ganham a compa­nhia de ritmos do leste euro­peu, hip hop e milonga. Estão ali polifonias vocais, combina­ção entre instrumentos acús­ticos e elétricos e arranjos que quebram as divisões imaginá­rias entre gêneros musicais, mas novas texturas – frutos da produção assinada por Felipe Trez, baterista da trupe.

“Acho que esse disco regis­tra uma maturidade musical da banda que, após quase três anos na estrada, não para de se trans­formar e de absorver influências dos artistas, paisagens e demais personagens dos lugares por onde passamos. Incorporamos o baixo elétrico e a bateria às performances ao vivo e levamos essa dinâmica para o estúdio. Sinto que ampliamos as possibi­lidades sonoras do grupo”.

Era exatamente o que Feli­pe Trez desejava quando topou produzir o disco de sua própria banda. “Eu queria manter nossas inspirações na música brasileira, francesa, do leste europeu e dos balcãs, e adicionar elementos de jazz, pop e do rock”, conta o pro­dutor. Para Trez, esse disco mar­ca uma “eletrificação” da banda. “Ganhamos uma potência que o formato acústico, ao qual estáva­mos acostumados, não tem. Fui em busca de uma paleta de cores amplificada”.

Houve também um desafio logístico para a produção do ál­bum. “Compomos, arranjamos e gravamos tudo enquanto es­távamos em turnê no Brasil e na Europa. É um disco produzido na estrada em meio aos shows e viagens”, conta. “Fronteiras” é mesmo um disco-jornada e soa como uma viagem em que cada faixa é uma parada.

Além de Juliana Strassacapa e Luiz Gabriel, o álbum conta com as participações de Luiz Gabriel Lopes, Livia Carolina, Henrique Mancha, Tiago Myazakie Manuel Tirso. O disco foi gravado no se­gundo semestre de 2018 em Ren­nes (FRA), São Paulo e Campinas. A produção desta turnê está a car­go da Tecer Cultural em parceria com Noubar Sarkissan e a Nave­gar Comunicação e Cultura.

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