Ribeirão Preto seguiu a tendência nacional e estadual de alta na arrecadação federal, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, somando R$ 1,2 milhão em tributos, aumento de 19,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quase R$ 200 mil a mais – estava em pouco mais de R$ 1 milhão. Apenas no mês de maio, a arrecadação federal atingiu a marca de R$ 204,05 mil, alta de 10% em relação ao mesmo mês de 2017, de R$ 185,50 mil, cerca de R$ 19 mil (R$ 18,5 mil) a mais e com variação positiva em todas as rubricas.
Entram nesta conta a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins, 27,9%), os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep, 21,2%), Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ, 16,5%), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, 15,9%), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL, 12,1%) e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF, 10,5%).
A região também apresentou alta na arrecadação e alcançou R$ 2,067 milhões em tributos, 18,1% a mais do que no acumulado de janeiro a maio de 2017, mais de R$ 300 mil de acréscimo. Somente em maio saltou de R$ 309,50 mil para R$ 339,12 mil, alta de 9,6% e aporte de R$ 29,6 mil. Entre as variações positivas, as que tiveram maior peso na cesta de arrecadação foram Cofins (23,7%), PIS/ Pasep (22,5%), IPI (22,3%) e IRPJ (21,3%). Os dados são do Boletim Termômetro Tributário de julho do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).
Ao longo dos primeiros cinco meses de 2018, a arrecadação no Brasil atingiu a cifra de R$ 413,93 milhões, um aumento de 9% frente ao período de janeiro a maio de 2017, quando arrecadou R$ 379,76 milhões, acréscimo de R$ 34,17 milhões. Destaque para o IPI e o IPI Vinculado às importações, com aumento real de 22,79%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Cofins e PIS/Pasep tiveram crescimento de 13,29%, vindo do aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis a partir de julho de 2017.
No Estado de São Paulo, o percentual de crescimento na receita tributária foi similar ao nacional, com 9% de aumento no acumulado, somando R$ 174,56 milhões ante R$ 160,19 milhões, diferença de R$ 14,37 milhões, com destaque para IPI (11,7%), IPRJ (10,5%), Cofins (9,3%), PIS/Pasep (8,9%), CSLL (7,7%) e IRRF (2,0%). A arrecadação acumulada de janeiro a maio de 2018 foi a segunda maior dos últimos cinco anos e registrou a única variação positiva no período analisado.
“Há uma tendência de mudança de quadro a curto e médio prazos, como impacto da paralisação dos caminhoneiros, com interrupção na produção da indústria e reflexo em todos os setores da economia”, avalia o pesquisador do Ceper Sérgio Sakurai, coordenador do Boletim Termômetro Tributário, elaborado em conjunto com as pesquisadoras Giulia Coelho e Lorena Araújo.
Junho
Mesmo sob impacto da greve dos caminhoneiros, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 110,855 bilhões em junho, um aumento real (já descontada a inflação) de 2,01% na comparação com o mesmo mês de 2017. Esse foi o sétimo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado. Em relação a maio deste ano, houve aumento de 3,09%. No primeiro semestre, a arrecadação chegou a R$ 714,255 bilhões, com expansão de 6,88% em relação a igual período de 2017, informou a Receita Federal nesta terça-feira, 24 de julho.