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A mensuração do envelhecimento (5)

Em média, idosos caminham mais lentamente, têm menor força muscular, habilidades mnemônicas e de raciocínio empobrecidas e são mais lentos para responder ao proces­samento de tarefas cognitivas quando comparados a adultos jovens e a si próprios quando jovens. Funcionamento físico e cognitivo são indicadores de envelhecimento biológico, ou seja, a incapacidade progressiva generalizada de funciona­mento que ocorre quando as pessoas envelhecem. O proces­so de envelhecimento é frequentemente caracterizado por uma perda de resposta adaptativa aos desafios da vida e uma crescente vulnerabilidade às doenças associadas a idade e às limitações funcionais.

Em relação à cognição, a inteligência fluida, ou seja, a habilidade para aprender processos novos, e formar novas memórias, tem se mostrado declinar desde a maturidade resultante do envelhecimento normal. Quando as pesso­as envelhecem, algumas vivenciam declínios anormais no funcionamento físico e cognitivo que aumentam o risco de dependência e morte prematura. Há, todavia, notáveis dife­renças individuais nas taxas de declínio associadas à idade e, também, na idade na qual esses declínios começam a acelerar.

Alguns pesquisadores argumentam que isto seja devido a um processo biológico comum subjacente aos declínios relacionados à idade, tanto no funcionamento físico quanto cognitivo. Num estudo publicado na revista Epidemiologic Reviews (2013: 24), pesquisadores conduziram uma revisão sistemática da pesquisa publicada entre 2000 e 2011 para avaliar as relações entre as taxas de mudança no funciona­mento físico e cognitivo em idosos. O funcionamento físico foi avaliado usando medidas objetivas, tais como, velocidade de caminhar, a força muscular, tempo de permanência na cadeira, tempo de repouso e uma medida composta do funcionamento físico. A cognição foi mensurada usando exames do estado mental, inteligência fluída e diagnóstico da incapacidade.

Os resultados dependeram do tipo de medida, indican­do que mudanças na força muscular foram mais fortemente correlacionadas com o estado mental enquanto mudança na velocidade de caminhar foi mais correlacionada com mudan­ças na inteligência fluída. Este padrão de resultados sugere que examinando o funcionamento físico e cognitivo é possível ajudar clínicos e pesquisadores a identificar melhor indivíduos e grupos que estão envelhecendo diferentemente e em taxas desiguais. Ademais, eles devem examinar cuidadosamente as re­lações entre os mais diversos tipos de medidas e analisar a ordem em que os declínios relacionados à idade ocorrem.

Permanecer alerta e manter-se fisicamente capaz são fato­res importantes para um envelhecimento saudável e manu­tenção da independência funcional. Envelhecer com dignida­de é uma forma inteligente de ser útil para a sociedade.

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