Tribuna Ribeirão
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A luta pelos educadores e pela educação

A presente crônica é uma homenagem, se bem que mórbida, aos professores, uma vez que amanhã, dia 15, é comemorado o seu dia…

São Paulo, acredito, é o estado que mais tem nos quadros de seu funcionalismo público profissionais da área da educação. Talvez devêssemos parabenizá-lo por tal, no entanto, uma análise supérflua não identifica a estatística com a realidade, ou seja, é um rótulo sem conteúdo.

Em uma análise imediata, eu diria que o coronel Jarbas Passarinho, quando no Ministério da Educação, entre tantos outros ministérios que ocupou na época da ditadura, ao massificar de forma desordenada o ensino nesta nação de dimensões continentais, acabou a transforman­do no Brasil – o país dos alfabetizados funcionais.

Some-se a esta vergonha nacional as réplicas e tréplicas do achatamento salarial dos profissionais da educação, talvez em tentativas de sucatar nossa cultura. O profissional da educação, por índole, é pacato; afinal, como poderia ensinar se nele existissem sentimentos de ira… Como poderia acom­panhar a juventude que está em suas mãos se tivesse sentimentos outros que não também se dar…

O profissional da educação, particularmente a pública; os edifícios da educação, o próprio ritual da educação pública, particularmente no Estado de São Paulo, vêm sendo vilipendiados há décadas por todos os governos que aqui vieram e por este que aí está.

Talvez seja necessário incutir no conteúdo dos eremitas intelectuais, que não conhecem nada mais que seus imbecis umbigos dos gabinetes do governo, que Educação é atitude de Estado e não do Governo de plantão.

Não me venha dizer o Senhor Governador do Estado mais rico da nação não poder re­solver problemas de décadas que quase se perpetuaram. Essa mentira e muitas outras das autoridades executivas estão sendo desmistificadas, infelizmente após o trágico morticínio de inocentes em Minas Gerais. De repente, o governo acordou, a iniciativa privada acordou e a população chorou… Aí ocorre liberação de verbas, um tal de orçamento é revirado, previsões orçamentárias são revistas e tudo começa acontecer.

O “Apagão Educacional” no Estado de São Paulo aí está ao vivo e em cores. Não há neces­sidade de descreve-lo. Basta ver o piso salarial dos profissionais da Educação Pública – esmola que lhes é oferecida quando de suas aposentadorias e o estado lastimável dos prédios da Edu­cação Pública, para enxergar o apagão.

Senhores(as) profissionais da Educação Pública do Estado de São Paulo, todos nós es­peramos que a partir de 15 de outubro tenha sido encontrada uma luz que deva destruir o apagão da Educação neste Estado!

Amaldiçoado o Governo que não cuida daqueles que cuidam dos seus filhos.
Com a palavra, o Senhor Governador e seus secretários da Educação, Fazenda e Planejamento.

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