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Esportes

A luta dos técnicos pela manutenção no cargo

GETTY IMAGES

O imediatismo no futebol brasileiro não é novidade para ninguém. A resposta rápida e o resultado em pouco tempo de trabalho são questões muito comuns nos times brasileiros. Quem mais sofre com o alto nível de imediatismo são os treinadores, que, quase sem­pre, acabam demitidos.

Com apenas 26 dias de bola rolando na temporada 2020, três clubes da primeira divisão do futebol nacional já troca­ram de técnico. Ceará, Botafo­go e Sport demitiram seus trei­nadores após alguns tropeços.

O caso que chama mais atenção é o do Ceará, que de­mitiu Argel Fucks após uma vitória e quatro empates em cinco jogos. Nenhuma der­rota. Além disso, recontratou Enderson Moreira, demitido do clube em 29 de setembro do ano passado.

O Botafogo trocou Alber­to Valentim por Paulo Autu­ori após eliminação precoce no primeiro turno do Cam­peonato Carioca. Já o Sport demitiu Guto Ferreira depois de ser eliminado da Copa do Brasil, diante do Brusque. Vale lembrar que nem mes­mo o crédito do bom desem­penho do treinador em 2019 foi levado em conta.

Sob o comando de Guto Ferreira o Sport foi campeão pernambucano e conquistou o acesso para a Série A.

No ano passado, ao todo, na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, em 38 rodadas, foram 26 trocas de técnicos.

Se nas principais divisões as trocas são comuns, nas divisões inferiores a história não é diferente. O Comercial, por exemplo, em 2019, teve quatro treinadores. Ricardo Costa, Edson Vieira, Ito Ro­que e Roberval Davino co­mandaram o Leão do Norte ao longo da temporada.

Ricardo Costa, inclusive, fez parte de toda a montagem do elenco alvinegro, mas foi demitido após comandar a equipe em apenas uma parti­da na Série A3. Edson Vieira terminou a primeira fase e foi desligado antes do mata­-mata diante do Desportivo Brasil. Já Ito Roque, trabalhou em apenas dois jogos no co­mando do Alvinegro da Joia.

Roberval Davino sobrevi­veu à disputa da Copa Paulista e teve seu contrato renovado para a temporada 2020. Entre­tanto, após quatro rodadas e nenhuma vitória, o treinador foi demitido. Para o seu lugar foi contratado Fahel Júnior, que venceu em seu primeiro jogo no comando da equipe.

O Botafogo também foi um rolo compressor de treinado­res na temporada passada. Léo Condé, Roberto Cavalo e He­merson Maria comandaram o Pantera ao longo da tempora­da. Quando Cavalo foi demiti­do, o Tricolor estava ocupando o G-4 do Campeonato Bra­sileiro e era um dos melhores visitantes da competição. O Botafogo terminou o Brasilei­rão na 9ª colocação.

O técnico mais longevo da primeira divisão do fute­bol brasileiro é Renato Gaú­cho, que comanda o Grêmio desde setembro de 2016. Já Gerson Gusmão, do Operá­rio Ferroviário, do Paraná, é o treinador há mais tempo no comando de uma equipe in­tegrante das quatro primeiras divisões nacionais.

Europa
O futebol europeu sem­pre deu exemplo ao resto do mundo de como a longevi­dade de um trabalho poderia trazer bons resultados. Alex Ferguson, por exemplo, co­mandou o Manchester Uni­ted durante 27 temporadas. Ao todo, o escocês conquis­tou 36 troféus no comando dos Diabos Vermelhos.

Outro exemplo impor­tante é o de Arsène Wenger, que comandou o Arsenal por 22 temporadas. Foram 17 títulos conquistados sob o comando dos Gunners. Entretanto, a marca registra­da do treinador sempre foi à busca por jovens talentos. Thierry Henry, Cesc Fabre­gas e Robin Van Persie foram algumas das joias que passa­ram pelas mãos do treinador.

Atualmente, os treina­dores mais longevos das principais ligas do futebol europeu são Stéphane Mou­lin, do Angers, da França, e Diego Simeone, do Atlético de Madrid, da Espanha. Am­bos comandam suas equipes desde a temporada 2011/12.

Outro nome a ser destaca­do é o de Eddie Howe, que está à frente do Bournemouth, da Inglaterra, desde a temporada 2012/13. Aos 42 anos, o treina­dor é um dos mais promissores do futebol inglês.

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