Aos que assistiram às sessões na Câmara dos Deputados no dia 25 de outubro de 2017, certamente se sentiram, mais uma vez, indignados com a linguagem do Congresso! Esdrúxula, de baixo nível, aos palavrões, um xingando ao outro, sem falar no plenário improvisado no Salão Verde, aquele que serve de antessala do Plenário Pleno da Câmara à espera de horário nobre a ser televisionado pelos diversos veículos de comunicação. Quanta vergonha nacional!
Eis nossos legítimos representantes sem nenhuma preocupação com a história que vão escrevendo para as gerações futuras analisarem. Coitados dos t5aquígrafos, que devem digitar pelo menos 120 palavras por minuto. O presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, quis intervir pelo menos três vezes, pedindo que fossem subtraídos palavrões e insinuações indecorosas, que nada combinam com a linguagem do Congresso!
Seria justo para com a história verdadeira de um Congresso que não sabe se comportar diante das diferenças de opiniões diante de uma das mais graves crises políticas, éticas e morais de nosso País? Fica a pergunta a cada cidadão, que nas próximas eleições deverá lembrar e gravar bem o que cada deputado falou, votou e insinuou, salvando assim ou não, de tão graves denúncias o presidente da República e dois de seus ministros!
Não faço juízo de valores! Não me cabe julgar. Mas por favor, senhores deputados, um pouco de bom senso, de educação básica e linguística não faz mal a ninguém. Ou me engano? As crises estão instaladas. Como reverter tudo isso em benefício não deste ou daquele partido? Desta ou daquela corporação? Quando começar a pensar na dignidade da Pessoa, do Povo já tão explorado e sofrido? Desse mesmo Povo que decidirá em que votar no próximo ano?
Coisa feia, a propaganda gratuita a custa de graves decisões de uma Câmara já tão comprometida com denúncias daqui e dali! Quantos ficarão em pé, caso não acabem com a Lava Jato antes de outubro do próximo ano? É fácil acusar de bandidos e com uma linguagem nada republicana os que hoje são denunciados publicamente. E os já condenados em primeira instância, que se julgam injustiçados por juízes comprometidos com uma limpeza mais aguda da corrupção tão sistêmica e em níveis nunca vistos antes na história de nossa Democracia desmoralizada?
Está em nossas mãos, caríssimos leitores, varrer deste cenário caótico, simplista e tão comprometido com a desonestidade pública, políticos que de nada servem seus eleitores, mas se servem de seus cargos e honrarias, de seus prestígios e burguesias para uma vida leviana de foro privilegiado, que já deveria ter acabado com uma ampla e verdadeira reforma política, que sempre fica para os próximos eleitos. Já que é assim, busquemos homens e mulheres realmente comprometidos com a pessoa e sua dignidade, antes de um apequenado grupo de privilegiados!