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A Justiça, a Ficha Limpa e o Eleitor

Como diria a Madre Superiora, se bem que um tanto quanto ruborizada: – “It’s not mole não” . Refiro-me à aplicação de uma imensa vontade popular: a inelegibilidade de quem tem ficha suja.

Este parágrafo introdutório, se bem que entrópico, refere-se à aplicação de uma imensa vontade popular: a inelegibilidade de quem tem”Ficha Suja.

Não vão me dizer os cerca de 52% de São Paulo de candidatos e outros tantos do restante da “Terra Brasilis”, que são todos coitadinhos inocentes e coisa e tal, agredidos por injustiças produzidas por adversários.

Fico preocupado quando vejo um tal de “Garotinho”, lá do Rio de Janeiro, quando para mim garotinho era apenas um menino estudando no hoje chamado Ensino Fundamental, ou um tal de Joaquim, cujo nome substitui comportamento sério, honesto e trabalhador do dono da padaria da esquina de minha infância e adolescência, liberando a torto e direito réus confessos, necessitando explicar o que fizeram pelos populismos e clientelismos da vida, e até voltarem a ser candidatos a um novo mandato – A ficha Suja está aí por vontade popular…

Todos inocentes, inclusive aquele que se diz o “mais honesto de todos os brasileiros”, o “Imperador Lulático Primeiro e Único” o que ruboriza a Madre Superiora. Todos têm uma biografia que deixa qualquer monge beneditino de joelhos à frente deles…

De um lado, a aceitação, por parte dos tribunais eleitorais, de todo e qualquer posicionamento por parte de candidatos tidos como com “Ficha Suja”, com poucas impugnações.

De outro lado, um ministro do Supremo Tribunal da Justiça- STJ, devidamente punido por haver vendido sentenças, punido, foi aposentado compulsoriamente com um salário acima de R$ 24 mil Reais.

Coitada da Madre Superiora – Não está entendendo nada, continua ruborizada! Será que no setor judiciário ainda não caiu a ficha que ainda pode existir um discernimento político e honesto na “ Terra Brasilis”?

Em uma Democracia, em uma República, advogados, desembargadores, promotores, juízes e ministros de Justiça são operadores do Direito. A Justiça lá está, agraciada por Themis. Ela se permitiu que lhe cobrissem os olhos em honra à sua imparcialidade. Ela sustenta, com seu braço esquerdo, uma balança, cujo Fiel pondera o equilíbrio, jamais penderá para algum lado… Seu corpo é coberto por um manto largo, indicando a soberba da não violação!

A vontade popular que ora é representada pela “Ficha Limpa” é traduzida por um filamento, um pequeno traço, o início de um sorriso na face de Themis.

Como operadores do Direito que são, os senhores advogados, juízes, desembargadores, promotores e ministros da Justiça, peço, encarecidamente: cumpram o que a Justiça determina, apenas isso; sejam fiéis ao que a voz da democracia pede, sem subterfúgios. A “Terra Brasilis” lhes agradecerá.

A minha, a nossa ícone Themis, filha de Urano e Gaia, sempre existiu. Poucos a viram caminhando. A maioria somente a conhece segurando a balança equilibrada da justiça, com os olhos cobertos.

Acontece que ela, protegida por seu manto fino, porém resistente aos maus desígnios, caminha perambulando pelos fóruns da vida, transmitindo a única palavra que os operadores do Direito devem ouvir em seus atos: A Justiça!

Com a palavra os operadores do Direito, sejam Senhorias ou Excelências.
P.S. Esta crônica é oferecida a todas as Madres Superioras levemente ruborizadas e aos eleitores, também tão inocentes quanto elas.

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