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A judicialização do Estado brasileiro!

A crise política, econômica, social e ética de nosso País traz uma avalanche de incertezas e já não se sabe mais em quem acreditar, como traçar perspectivas e esperanças, não obstante se saiba que muitas vezes as crises são como que “úteros de esperança”. O que não se prevê, é quando nascerá o fruto desse “útero” e a “esperança” volte a embalar nosso ama­do e tão explorado povo. Impõe-se a judicialização do Estado brasileiro porque os poderes constituídos Executivo, Legis­lativo e Judiciário – disputam entre si. Medem forças; um desfaz o que o outro determina, principalmente no que diz respeito à interpretação ao invés da defesa da Constituição.

Impõe-se certa insegurança jurídica, quando farpas e lin­guagens de baixo nível ocupam o cenário até mesmo entre os ministros da Suprema Corte. É notório que entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) há dois grupos: um a favor da “impunidade” e outro a favor da justiça para com o povo bra­sileiro tão “saqueado” por figuras que se sentem blindadas, até porque pagam os melhores advogados com o dinheiro “roubado” dos cofres públicos, dinheiro esse que lhes garante uma vida de ostentação. Riem de suas próprias vítimas e pior, intimidam juízes de instâncias primeiras que os condena.

De repente o julgador passou a ser chamado de incompeten­te, simplesmente por ter cumprido com o seu dever de julgar e determinar a sentença justa. Daqui a pouco o Supremo Tribunal Federal decide soltar os ladrões e encarcerar os juízes que os julgaram. O povo jamais compreenderá essa inversão, mesmo que juridicamente sustentada. Os deputados e os senadores que formam o Congresso Nacional são os legítimos representantes do Povo, bem ou mal, eleitos pelo voto direto e livre.

Grande parte deles certamente nunca mais será reeleita, porque decepcionam a cada sessão os cidadãos que a acom­panha e a assiste em sua missão de legislar. Enquanto se afirma que o Executivo é ilegítimo, mas não se promove com zelo e sensibilidade política o bem comum, devolvendo aos brasileiros a dignidade que lhe foi devorada por bilhões de desvios de verbas provenientes de corrupção, propina e tantos outros crimes revelados pela Operação da Lava Jato, não se tem moral e muito menos direito de “parar” a vida do povo que já paga os impostos mais altos do mundo.

Enquanto o Congresso só pensa no próprio umbigo, faz opo­sição por fazer, tenta obstruir a Justiça aos gritos e se comporta sem nenhum decoro parlamentar, é o povo simples que sofre e é tratado como se não tivesse cérebro. Penso que ninguém está acima da lei. A judicialização do Estado brasileiro tampouco tem garantido o lema de nossa Pátria: Ordem e Progresso! Precisamos de uma reforma tanto política como judiciária urgente.

Mais do que processos criminais, prisões, delações pre­miadas e ferrenha oposição ao governo, o Brasil precisa urgentemente reencontrar o caminho da esperança, a fim de que o povo volte a acreditar em dias melhores numa das mais ricas nações do mundo, explorada e roubada desde o seu descobrimento. A cultura da corrupção não tem seu início no Congresso e nos cargos que nossos políticos ocupam. Ela, a corrupção é uma cultura que nasce na educação de ber­ço, entre as barganhas familiares, as negociatas entre pais e filhos. Pais comprando ao invés de cobrar deveres essenciais dos filhos, desde obter boas notas na escola ao colaborar nos pequenos serviços do lar. Enquanto a família declinar à cor­rupção doméstica (O que vou ganhar com isso?), será sempre necessária a judicialização do Estado brasileiro!

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