Na semana passada realizamos uma reunião com representantes de associações de moradores de vários bairros de Ribeirão Preto. Aproximadamente 20 entidades estiveram no Salão Nobre do Palácio Rio Branco apresentando demandas e sugerindo soluções para suas comunidades. O encontro foi extremamente proveitoso e será realizado outras vezes, de forma sistemática, com associações distintas para discussões mais pontuais.
A participação destas associações de moradores, de forma interativa com a administração municipal, é importante para ambas as partes, porque amplia, em muito, a chance de a prefeitura acertar. Muitas vezes as soluções são simples e aplicáveis, mas quem conhece as necessidades são as pessoas que moram nos bairros e podem orientar as ações a serem realizadas de forma mais acertada.
Ao mesmo tempo, o governo tem a oportunidade de informar a pessoas influentes em suas comunidades do que está sendo feito na cidade, assim como o planejamento de futuras obras e serviços nos variados setores da administração. Com conhecimento, estas entidades organizadas podem também trazer informações importantes para os gestores públicos.
Tenho total convicção de que só o governo é incapaz de avançar mais nos problemas da sociedade. De decidir com total acerto. É preciso que todos estejam juntos com as instituições públicas, como Prefeitura, Câmara, Poder Judiciário, Ministério Público, enfim, todos os órgãos oficiais do Estado, para que as questões encontrem as melhores soluções, dentro das possibilidades de todos os entes envolvidos.
Além da participação da comunidade, o setor público precisa também da atuação dos empreendedores, que produzem e geram oportunidades, independente do tamanho da empresa, desde Microempreendedores Individuais (MEIs) a grandes organizações. É um tripé onde seus integrantes precisam trabalhar cada vez mais unidos em busca de bons e factíveis resultados.
E não me refiro a grandes obras, mas a realizações que possam resolver os problemas dos bairros, de suas regiões e das próprias cidades, quando se integra e se conecta a outras ações. Os problemas do Brasil, são os problemas das cidades brasileiras. À medida que resolvemos as questões locais, estaremos ajudando muito nosso país.
É ainda possível que das sugestões apontadas surjam grandes projetos, capazes de atingir a toda a cidade ou até a região, principalmente quando se vive em uma região metropolitana, como é o caso de Ribeirão Preto e dos demais municípios metropolitanos. E muito do que nasce em pequenas comunidades pode se transformar em grandes exemplos de realização para o bem-estar dos cidadãos.
Quando nós ouvimos mais, erramos menos. Não um ouvinte passivo, mas que escuta, apreende e analisa as informações – com o objetivo de buscar a melhor alternativa para a questão apresentada – e as devolve a seus autores com as devidas considerações.
Assim, a proximidade se torna uma via de mão dupla, onde se ouve e se é ouvido, sem imposições de parte a parte. Com a compreensão de que o diálogo deve ter sempre o objetivo do consenso e do planejamento, sem imediatismos que não permitam modificações que possam ser necessárias.
E, principalmente, que o trabalho conjunto tenha a visão ampla de beneficiar o maior número de pessoas possível. Tenho certeza que desta forma vamos, cada vez mais, tomar decisões acertadas. Não basta apenas viver. É necessário conviver. Assim transformaremos nossa Ribeirão Preto numa cidade melhor para todos nós.