Valdir Avelino *
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Quando a direção do nosso Sindicato dos Servidores Municipais/RPGP defendeu a abertura de concursos públicos para o preenchimento de cargos vagos em diversos setores da Administração Municipal, estávamos com a razão. O próprio governo, ao anunciar a realização de novos concursos, constatou que o número atual de servidores públicos municipal é insuficiente para atender a todas as necessidades do serviço e dos usuários com um mínimo de qualidade e eficiência.
Dessa forma, atendendo ao anseio da população e da categoria, depois de repetidas reivindicações do Sindicato dos Servidores Municipais/RPGP, o governo municipal vem anunciando a retomada dos concursos públicos. A primeira leva de concursos já foi anunciada, mas ainda é insuficiente para colocar fim a tentativa de desmonte do serviço público municipal levada à cabo por diversos governos. Com a visão equivocada do chamado “estado mínimo”, de evidente viés político-ideológico, os concursos públicos foram abandonados há anos, e a situação coloca em risco a prestação de inúmeros serviços essenciais.
Antes tarde do que nunca, mas a recomposição de funcionários públicos que a cidade quer e precisa tem que ser maior e de forma mais abrangente. Temos serviços públicos essenciais que, por falta de novos concursos, correm o risco de colapsar em breve. Para agravar a situação, veio a pandemia, quando concursos tiveram que esperar por causa do risco à saúde para candidatos e fiscais. Assim, a demanda por mão de obra da máquina pública ficou represada. Com o atraso dos concursos e a saída de muitos servidores e servidoras por aposentadoria, diversos serviços públicos ficam comprometidos pela alta demanda e a falta de mão de obra.
Ao não realizar concursos públicos, como vinham fazendo, e apostarem na terceirização dos serviços, os governos não fizeram economia, ao contrário, provocaram gastos muito maiores com a contratação de empresas particulares. Promoveram, sem qualquer estudo mais sério, profundo e responsável, a desestruturação de políticas públicas e o esvaziamento de preceitos legais. Os governos não olharam para o interesse público, pois, como todos nós sabemos, em períodos de crise a dependência dos serviços públicos pelos cidadãos aumenta significativamente. Mas as respostas dos gestores foram todas, até agora, no sentido oposto.
Baseado em falsas premissas e argumentos midiáticos, que não correspondiam e nem correspondem à realidade, os governantes trabalharam para “enxugar a máquina”, mas na verdade a tornaram cara e ineficiente, com inaceitáveis disparidades e injustiças salariais. Durante esses anos, a direção do nosso Sindicato sempre defendeu a realização de concursos para o preenchimento dos quadros de carreira da Administração Pública municipal. O significado da retomada dos concursos públicos para o crescimento e fortalecimento da capacidade do nosso Município evidencia que a nossa entidade estava no caminho certo e o objetivo do nosso Sindicato é continuar a luta em defesa do concurso público e dos serviços públicos de qualidade.
* Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis
A importância da retomada dos concursos públicos em RP
