A Secretaria Municipal da Saúde passou a testar pacientes com sintomas leves de síndrome gripal para o novo coronavírus neste mês, em Ribeirão Preto. A medida fez a procura por testes crescer o Polo Novo Coronavírus (Covid-19), e nesta sexta-feira, 22 de maio, muita gente enfrentou uma longa fila à espera de atendimento.
A cidade implantou o polo em 1º de abril, para atendimento exclusivo de pacientes com sintomas da covid-19. A estrutura foi montada na Unidade de Pronto Atendimento Doutor Luis Atílio Losi Viana, a UPA da Treze de Maio, no Jardim Paulista, Zona Leste, e realizou, no primeiro mês de funcionamento, 1.690 atendimentos. Em apenas 21 dias de maio, porém, já foram, atendidas 1.834 pessoas, 144 a mais, aumento de 8,5% no movimento.
No total, o Polo Covid-19 recebeu 3.524 moradores até quinta-feira (21), com média diária de 69 pacientes. No mês passado, 971 casos foram resolvidos na tenda (57,4% do total), 1.462 tinham sintomas leves (86,5%), outros 151 eram moderados (8,94%) e em 77 era grave (4,56%). A média ficou em 56 por dia. Neste mês, 1.613 pessoas apresentaram quadro leve (87,94%), em 124 era moderado (6,76%) e o estado de saúde de 97 munícipes era grave (5,3%). A média é de 87 pacientes por dia.
Ribeirão Preto já tem 19 óbitos neste ano por síndrome respiratória aguda grave (Srag), mas 17 são decorrentes do novo coronavírus – no Boletim Epidemiológico, datado de sexta-feira (15), não constam as três últimas mortes. A cidade também 115 casos confirmados de Srag, mas 105 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 27 de março, 42 de abril e 34 de maio. Os outros dez são de influenza: cinco de Flu B, três não identificados (“Srag A não subtipado”), um de H3N2 e um de H1N1.
Quatro destes casos resultaram em mortes, um pelo vírus H3N2, outro pelo Flu B e dois não identificados (“não subtipado”). Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 624 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 76 óbitos por Srag – outra morte atribuída à dengue aguarda o resultado do exame.
Até esta sexta-feira, Ribeirão Preto tinha 49,3% dos 75 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento de pacientes com o novo coronavírus ocupados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A taxa é a maior já divulgada pela prefeitura. Nos leitos de enfermaria, a taxa de ocupação é de 26,3% dos 171 leitos disponibilizados exclusivamente para pacientes com a covid-19. Até esta quarta-feira (20), a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com coronavírus no município era de 38,4%. Na enfermaria, 28,5% estavam ocupados.