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A fila da gripe nas unidades de saúde

ALFREDO RISK

Pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ribeirão Preto entraram em contato com o Tribuna para reclamar da demora no aten­dimento nestes equipamentos desde o final de semana. A Uni­dade Básica e Distrital de Saúde Doutor Marco Antônio Sahão (UBDS Sul, na Vila Virgínia, rua Franco da Rocha nº 1.270) está entre os alvos das queixas.

As reclamações também atingem as UPAs Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, avenida Treze de Maio nº 353, Jardim Paulista) e Nelson Man­dela (UPA Norte, no Adelino Si­mioni, avenida General Euclides de Figueiredo nº 295 ). Segundo os usuários, a demora no aten­dimento chegou a cinco horas no final de semana e na manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, ainda havia fila nestes locais.

De acordo com Márcia Cris­tina de Oliveira, no domingo (2), ela ficou das dez da manhã ate às 15 horas à espera de atendimen­to na UPA Norte, com dores no corpo e febre. Afirma ainda que várias pessoas chegaram depois dela e foram atendidas primeiro. Nesta segunda-fei­ra, ela retornaria à UPA para uma nova consulta e para re­alização do teste de covid-19.

Questionada pelo Tribuna sobre as reclamações, a Secreta­ria Municipal de Saúde informa, por meio de nota, que as unida­des de atendimento apresentam aumento no fluxo desde a sema­na passada, devido ao número de casos de síndrome gripal. Por conta disso, ampliou o quadro de médico dos postos.

“A pasta esclarece também que está monitorando o atendi­mento diariamente e novas me­didas serão tomadas conforme essas avaliações. Por fim infor­ma que nenhum paciente ficará sem atendimento”, diz parte da nota enviada pela secretaria.

Na quarta-feira, 29 de de­zembro, a Secretaria de Saúde havia informado que a cidade já tem transmissão comunitária da variante Ômicron e a circulação do vírus H3N2 da gripe Influen­za.

Com isso subiu para sete o número de infectados pela nova cepa do Sars-CoV-2. Dos casos confirmados, três pacientes não saíram de Ribeirão Preto e negaram contato com viajantes ou outras pessoas infectadas, o que caracterizaria a transmis­são comunitária.

O primeiro caso da Ômi­cron em Ribeirão Preto foi di­vulgado no dia 21 de dezembro. Na época, a Secretaria da Saúde também afirmou que a nova cepa da gripe H3N2 infectou seis pessoas que precisaram de atendimento nos serviços de saúde da cidade.

Na semana passada, o se­cretário municipal da Saúde, José Carlos Moura, afirmou que o município avalia retomar o Polo Covid-19. Desta vez, ele não seria apenas para atendimento do co­ronavírus. O local seria um pon­to de apoio para atendimento de quadros de síndromes gripais.

Segundo o Boletim Epi­demiológico divulgado em 2 de dezembro e com dados até 30 de novembro, a cidade re­gistrou um caso e uma morte pelo vírus influenza B no ano passado. Não houve ocorrên­cias de influenza A não subti­pado, H1N1 e H3N2. Em 2020 foram doze casos e quatro óbi­tos, contra 62 ocorrências e 13 mortes em 2019.

No período anterior (2018), Ribeirão Preto registrou 104 in­fecções e 23 vítimas fatais. Entre 2015 e este ano foram 317 ca­sos e 60 mortes na cidade. Em 2020, a cidade registrou 3.172 casos de Síndrome Respirató­ria Aguda Grave (Srag) atri­buídas ao vírus influenza e 970 óbitos. Neste ano já são 5.981 ocorrências e 2.042 mortes.

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