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A ética de qualquer lugar: agora é do futebol

O futebol também nos oferece grandes lições de transparência e de ética. O descalabro financeiro herdado pela diretoria atual do São Paulo Futebol Clube colocou a meta da transparência, como força motora de seu ressurgimento, para voltar ao lugar pioneiro de administração que, um dia, fez o clube ganhar e ganhar,ser vencedor e campeão.

Essa transparência atingiu o ponto surpreendente da realização das reuniões televisionadas do seu Conselho Deliberativo.

O presidente Júlio Casares não adjetiva negativamente o seu predecessor com seu legado maldito. O próprio legado constitui tal extravagância que ela emerge naturalmente para o conhecimento da opinião pública, que viu o que representa o excesso aético da atuação administrativa e da política interna do clube. Essa incompetência criminosa de administrar se estende, por igual, a tantas e muitas associações, e tantos e outros clubes. E isso acontece mesmo tendo o clube, ou associação, numeroso Conselho Deliberativo, que nos induz a pensar que jamais, um dia, alguns de seus membros, juntamente com um ex-presidente, poderiam ser denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, por corrupção.

O presidente Júlio Casares é um mestre na preocupação de aproveitar qualquer energia, esforço pontual ou pessoa, para reforçar a vontade de organizar-se novamente, para fazer do clube um exemplo de transparência e de crescimento. E transmitir credibilidade.

A vocação administrativa de Casares é de visão globalizada, tanto que não houve setor do clube que ele não tenha trabalhado simultaneamente, já melhorando-os. O que dizer dos novos patrocinadores canalizando recursos significativos aos cofres do clube?

Nesse esforço incomum de transparência, a diretoria declarou publicamente débitos, valores e credores.

Nessa realidade de clareza, aconteceu um ato incomum, surpreendentemente inusitado. Seu ex-jogador, Daniel Alves, convocado pela seleção brasileira olímpica, no imediato da pós-conquista disputada no Japão, ao invés de ficar na exuberância da conquista coletiva, ele, na televisão mundial, referiu-se longa e negativamente ao seu clube, porque estava devendo para ele. Esse crédito não lhe fora negado pela atual diretoria. Uma extravagância inusitada, comandada por arrogância sem limite, que deixou perplexa qualquer pessoa, torcedora ou não. Afinal, o tal jogador podia pedir judicialmente a rescisão contratual pelo descumprimento de cláusula de pagamento. Mas, não, optou por tentar desacreditar o clube, mundialmente.

Voltou, jogou uma partida, e negou-se a jogar a segunda, sob o pretexto de que só jogaria quando recebesse o valor astronômico de seu crédito, estabelecido como o legado maldito.

Aconteceu o acordo, e o jogador receberá a volumosa quantia em parcelas, durante cinco anos.

Mas, ele continua a se referir ao São Paulo, como se ele fosse o pai da bola e do mundo, numa soberba, escondida em aparência de humildade, que dificilmente abrirá qualquer porta de qualquer clube do Brasil. Quem vai querer o jogador, em fim de carreira, e que se julga o único do universo? Qual lição que ele passaria para os demais jogadores?

Essa situação inusitada leva-nos a recordar a história daquele funcionário da empresa, que era credor, e que desandou a colocar em dúvida, publicamente, a credibilidade, tentando macular a imagem dela. Ele respondeu por danos morais.

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