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A dengue precisa de prevenção

Não é a primeira vez que falo de dengue neste espaço. Já falei várias vezes em função da necessidade que sempre surge de alertarmos para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Gostaria que nos livrássemos de vez das doenças, para não ser ne­cessário voltar a este assunto, mas certamente terei que falar outras vezes da necessidade de eliminarmos os criadouros do mosquito transmissor, que está em toda a cidade. E já está comprovado que 80% dos mosquitos estão nos imóveis, o que nos leva a conclamar novamente as pessoas a colaborarem com a eliminação do mosquito.

De forma cíclica, os casos de dengue aumentam e apresentam reduções ao longo dos anos. O mais recente boletim epidemioló­gico aponta que até março último foram confirmados 722 casos da doença na cidade, contra 359 em todo o ano passado. Em três meses, o número de casos quase chegou ao dobro dos 12 meses de 2021. E, pior, o aumento de casos de dengue não ocorre apenas em Ribeirão Preto, mas em todo o país, com números preocupantes. A situação acende o alerta para a necessidade de um combate mais efetivo e, neste caso, a colaboração da popula­ção é imprescindível. É preciso evitar a proliferação do mosquito, com medidas simples e que estão ao alcance de todos.

A medida primordial é eliminar a água parada, que se acu­mula em vasos e outros recipientes. É nesta água parada e limpa que ocorre a reprodução do Aedes aegypti. Também é recomen­dável a limpeza constante de áreas abertas e a vistoria periódica de ralos e grelhas por onde a água escorre, para verificar se não há entupimentos e acúmulo, assim como em calhas e conduto­res. Se eliminarmos os criadouros teremos menos mosquitos e menores chances de transmissão da doença.

A prefeitura faz prevenção o ano todo, com ações de combate em todas as regiões. É, no entanto, um trabalho que praticamen­te se anula se os criadouros continuarem dentro dos imóveis. A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde elimina focos da dengue nos mais diferentes locais, incluindo mutirões de limpe­za aos sábados. Em 2022, já foram visitados 81 mil imóveis em Ribeirão Preto e encontrados focos do Aedes aegypti em 12 mil deles. Além das vistorias, os agentes orientam os moradores a respeito da necessidade de eliminação dos criadouros.

Ao mesmo tempo em que trabalha para eliminar o mosquito, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, desen­volve campanhas educativas para que todos tenham consciência da existência do problema e da possibilidade de todos ajudarem a acabar com a doença. Quanto menos criadouros, menor a quantidade de mosquitos e mais reduzido será o registro de casos de uma doença que pode apresentar apenas sintomas leves, mas também provocar quadros graves.

Por isso é preciso declarar guerra de combate ao mosquito. Essa é a única forma de derrotarmos o transmissor e evitarmos que uma nova epidemia de dengue se instale na cidade como ocorreu em tempos passados, com enormes prejuízos para as pessoas e congestionamentos nos serviços de saúde. Temos a oportunidade de evitar o aparecimento de novos casos com medidas simples e que não tomam muito tempo e nem exigem muito esforço. Mas o prazo para estas ações não é longo. Precisa­mos agir rápido porque trata-se de preservarmos a saúde.

Sei que mais uma vez teremos boas respostas da população. Porque foi assim em outras ocasiões em que todos foram chama­dos a colaborar. Se o combate não tem sido constante e contínuo certamente é em função dos inúmeros afazeres do dia a dia. Mas agora precisamos, e muito, da colaboração de todos.

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