Tribuna Ribeirão
Política

‘A democracia é o único caminho legítimo’

Em meio à crise provocada pela paralisação de caminhoneiros em rodovias federais de todo o País e a proliferação de vozes a favor de uma intervenção militar, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, fez nesta quarta-feira, 30, uma defesa con­tundente da democracia, definida pela magistrada como o “único ca­minho legítimo”. Para a ministra, em momentos de crise, as dificuldades são resolvidas por meio da “aliança dos cidadãos” e a racionalidade de trabalho das instituições.

“A construção permanente do Brasil é nossa e é democrática e comprometida com a ética. Não há escolha de caminho: a democracia é o único caminho legítimo. Cum­primos nosso dever com a Repú­blica Federativa do Brasil. Há de se ter serenidade, mas também rigor com o cumprimento e o respeito aos direitos, especialmente os fun­damentais”, afirmou Cármen, na abertura da sessão.

“Há de se ter seriedade e tam­bém manter a esperança. Há de se cuidar dos direitos e também garan­tir os serviços e o incansável comba­te à corrupção. Não vivemos de qui­meras, embora lutemos por sonhos”, ressaltou a presidente do STF.

Em referência à ditadura, Cár­men Lúcia disse que “não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em especial histórica de nossa pátria”. “Regime sem di­reitos são passados de que não se pode esquecer, nem de se queira lembrar”, disse a ministra.

Preocupação – No início da fala, que se estendeu por cerca de 4 minutos e trinta segundos, Cár­men comentou que o STF cumpria a sua competência para julgar ca­sos com “profunda preocupação, atenção e responsabilidade com o grave momento político, econô­mico e social experimentado pelos cidadãos brasileiros”.

“Lutamos e conquistamos a democracia, trabalhamos pela sua manutenção e aperfeiçoamento permanente. Somos juízes a serviço do Estado Democrático de Direito. Também na democracia se vivem crises, mas dificuldades se resolvem com a aliança dos cidadãos e a ra­cionalidade, objetividade, trabalho de todas as instituições, de todos os poderes. A democracia não está em questão”, prosseguiu a ministra.

Cármen reconheceu que o atu­al cenário coloca questões sociais, políticas e financeiras, mas garantiu que o direito brasileiro “oferece so­luções para o quadro apresentado e agora vivido pelo povo brasileiro”.

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