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A covid-19 – Panorama atual parte III

O novo coronavírus que se espalhou pelo mundo a partir do final do ano passado, inicialmente na própria cidade chinesa de Wuhan, onde ele foi inicialmente identificado, depois nas vizinhanças e a seguir se espalhou pelas cidades próximas. Mas como a vida das pessoas é muito dinâmica e como o vírus está nas pessoas, logo ele foi levado a países vizinhos à China. Mas não ficou por aí.

O vírus em pouco tempo atingiu os cinco continentes atingindo todos os povos de todos os países do mundo causando uma mudança radical no com­portamento e no estilo de vida das pessoas, sem falar na dor e sofrimento dos pacientes, familiares e amigos. Desde a primeira morte ocorrida no mundo em decorrência da doença covid-19 causada pelo vírus, não se descobriu nenhum remédio capaz de destruir o vírus e nem um tratamento específico da doença também. No entanto, nós médicos já conseguimos aprender muita coisa sobre os efeitos da ação do vírus nos diversos órgãos e sistemas do corpo humano.

Não obstante a todas essas dificuldades já surgiu uma luz no fim do túnel: uma vacina já foi fabricada e, ao que tudo indica, vai se constituir na melhor solução para o tratamento dessa terrível doença, a covid-19. E, é cla­ro, que a descoberta dessa vacina contra a doença causada por esse estranho vírus é uma vitória da ciência e da persistência do gênero humano. A fim de detalhar mais as questões da vacinação vamos continuar formatando nosso material científico sob a forma de perguntas e respostas.

1. Qual é a situação atual do mundo em relação às vacinas contra a covid-19?
Bem, podemos dizer que um grande passo foi dado em relação às vacinas contra a covid-19. Duas multinacionais farmacêuticas, a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech saíram na frente das demais concorrentes e tive­ram a aprovação da e independente agência britânica de controle de medica­mentos responsável pela fiscalização tanto de medicamentos em uso em todo o Reino Unido como a entrada de novos remédios e vacinas.

A própria Universidade de Oxford que está em estágio avançado na corrida para a produção da vacina ainda não atingiu o estágio de aprovação de sua vacina. Desse modo o Reino Unido foi o primeiro país do mundo a aprovar a vacina e a iniciar a vacinação de sua população.

Quando se inicia a vacinação em um país torna-se obrigatório estabe­lecer critérios de inclusão imediata para a realização desse procedimento. Assim, é claro que subgrupos populacionais mais vulneráveis têm que ser os primeiros a serem vacinados, seguidos de outros menos suscetíveis até chegar a toda a população. Enquanto o Reino Unido dava início à vacinação de sua população, a Rússia também aprovou e deu início à vacinação de sua população no mesmo dia com a vacina chamada Sputinik V produzida e testada em seus laboratórios.

2. E em relação às vacinas qual é a situação do Brasil?
O Brasil está atrasado em relação aos países mais desenvolvidos. Enquan­to povos de cinco países (quatro que fazem parte do Reino Unido) e a Rússia já estão tendo suas populações vacinadas, o Brasil ainda não teve nenhum pedido oficial de análise para aprovação ou não de qualquer vacina. É sabido que o Plano Nacional de Vacinação é da alçada do Governo Federal que por sua vez ainda não definiu com clareza esse plano.

Já existem informações de que só a partir do final de fevereiro será pos­sível dar início à vacinação dos brasileiros. Atualmente ainda estão em fase de testes no Brasil as seguintes vacinas: a chinesa produzida pelo laboratório Sinovac, com o nome de coronavac, que está sendo produzida no Brasil graças a um acordo com o governo paulista através do Instituto Butantan e a produzida pela Universidade de Oxford em associação com as multinacio­nais farmacêuticas AztraZeneca e ainda a produzida pelas multinacionais americanas Pfizer e alemã BioNTech.

Essas já finalizaram suas fases de testes, mas não solicitaram à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a vacinação dos brasileiros. Há ainda a produzida pelas multinacionais Jansen e Johnson & Johnson que também não solicitaram a devida autorização. (Continua na próxima semana)

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