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A covid-19 no Brasil e no mundo – parte VIII

Esse vírus que está modificando cada vez mais a vida das pessoas no mundo inteiro de maneira geral, para pior, e no Brasil mais especificamente, pior ainda, por sermos um país com um sistema de saúde público frágil, de­sorganizado e que desde o início de sua implantação vem sofrendo pela falta de investimentos em todos os níveis tanto federal como estadual e municipal.

Deve-se levar em conta que o Brasil é um país com uma estrutura cen­tralizadora, desorganizada e com diferenças regionais marcantes, o que traz enormes dificuldades para enfrentar uma pandemia tão vigorosa como essa causada pelo novo coronavírus. E isso se deve ao fato de este ser um vírus, ainda sob muitos aspectos desconhecido.

Sim, não obstante, intensos estudos estarem sendo conduzidos visando a sua compreensão, a cada dia surgem características novas, o que leva mé­dicos, cientistas e pesquisadores a concluir que a respeito do conhecimento desse vírus, pelo menos até agora, nos termos muito mais perguntas do que respostas. O certo é que, esse novo coronavírus mostra um perfil muito ver­sátil, como por exemplo, ele se modifica dando origem a variantes. Quando esse vírus surgiu trouxe confusão até para médicos experientes no manejo de doenças causadas por vírus até então conhecidos.

Houve até médicos que duvidavam da chegada desse vírus ao Brasil dado que nosso clima é quente, o que diferencia totalmente do clima da China de onde o vírus se originou. O tempo passou rápido e o novo corona­vírus mostrou que essa ideia não era verdadeira. O vírus e se instalou muito bem no Brasil, onde ele se multiplicou com grande facilidade. Além disso, o Brasil, como já dissemos, tem uma estrutura de saúde pública muito ruim, o que contribuiu para a proliferação do vírus, e o resultado é esse panorama desolador que estamos presenciando.

Vale dizer que esse fato não está ocorrendo apenas no Brasil e sim, nos outros países da América Latina e Caribe, que no momento é considerado no mundo o epicentro da covid-19 que é a doença causada pelo novo coronaví­rus. E o Brasil com suas dimensões continentais e suas enormes desigualda­des regionais contribui para piorar muito o enfrentamento da crise. Visando uma melhor facilidade de compreensão continuamos formatar nosso material científico e cultural em perguntas e respostas, hoje respondendo às perguntas dos nossos leitores.

01. Tomei a primeira dose da vacina chinesa coronavac e não fui tomar a segunda, porque vi na internet que não adianta tomar a vacina por que pega o vírus do mesmo jeito. Estou certo?
Não. Você está errado. A vacina chinesa, assim como a outra que está sendo aplicada no Brasil é feita para ser administrada em duas doses para se atingir uma segurança maior e a pessoa desenvolver maior resistência contra a ação do vírus.

E outro fator de grande importância é que tanto a vacina chinesa Coro­navac, quanto a de Oxford AstraZeneca protegem a pessoa contra a forma grave da doença o que é de grande importância. Você deve retornar para to­mar a segunda dose e assim você está mais bem protegido contra a covid-19 e contra a forma grave da doença.

02. Uma pessoa vacinada com as duas doses da vacina Coronavac, assim mesmo pode pegar o vírus e desenvolver a doença?

Pode sim, mas é muito rara essa condição. Ambas as vacinas que estão sendo usadas no Brasil protegem como dissemos contra pegar a doença, como se pegar, elas não deixam evoluir para a forma grave. É por isso que mesmo a pessoa vacinada precisa continuar usando as medidas preventivas como o uso da máscara, do álcool gel e do distanciamento entre as pessoas.

Em resumo: a vacina é importante e eu recomendo que a vacina seja usada para todas as pessoas quando forem convocadas que compareçam para receber a primeira dose e dentro do prazo estabelecido a pessoa tem que comparecer para a segunda dose. Eu, como médico e também como graduado e pós-graduado em Matemática estabeleci um postulado que deve ser considerado por todas as pessoas: “Qualquer vacina é melhor do que nenhuma vacina”.
(Continua na próxima semana).

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