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A covid-19 no Brasil e no mundo – parte VII

A pandemia que vem assolando o mundo desde o começo do ano passado, como sabemos, é causada por um vírus que em alguns aspectos é diferente de outros já conhecidos. Por exemplo, enquanto certos vírus se adaptam melhor em certos tipos de clima mais ou menos frios, esse que é o responsável pela atual pandemia se adapta em qualquer tipo de clima, o que surpreendeu os cientistas desde que surgiu.

Esse vírus, na realidade, é capaz de infectar um grande número de pesso­as e o que é curioso é que grande parte das pessoas infectadas não sente nada e não desenvolve a doença. Além, é claro, de a doença causada por ele ser gravíssima em alguns, podendo levar ao óbito. Apesar dos estudos intensos que vêm sendo realizados visando descobrir uma forma de tratamento da doença, pelo menos até agora, ainda não foi descoberto qualquer remédio eficaz para o seu tratamento.

No entanto, um fato novo foi a descoberta das vacinas que é um remédio altamente eficaz para se evitar o aparecimento da doença causada pelo vírus. Em apenas dez meses já foram descobertas e estão sendo aplicadas no mun­do cerca de 16 vacinas, sendo que em fase experimental já existem mais de 100, o que é um fato notável da ciência mundial.

As vacinas contra diversos tipos de vírus, que no passado levavam no mínimo oito anos, em geral bem mais tempo, essas contra o novo corona­vírus ficaram prontas, testadas e em condições de serem aplicadas, em dez meses. Tudo isso só foi possível porque estamos num mundo informatizado. No mundo digital essas indagações têm respostas quase imediatas.

Esse vírus, por outro lado, ainda apresenta desafios de enorme com­plexidade. Entre essas está a sua capacidade de adquirir novas proprieda­des, a que damos o nome de cepa, o que quer dizer que é o mesmo vírus, mas com características novas a mais, o que pode causar maior transmis­sibilidade, causar uma doença mais grave, entre outras. E para tornar mais didático esse relato científico e cultural vamos continuar formatan­do em perguntas e respostas.

01. Nos últimos dez dias, qual é a situação do Brasil no que diz res­peito à covid-19?
Piorou demais, o que era de se esperar. Cientistas já apontavam para esse fato se diversas atitudes não fossem tomadas, como o aumento do número de vacinados, a obrigatoriedade do isolamento social e a motivação e exigência da população em seguir as recomendações das autoridades sanitárias. Tudo isso está sendo feito a passos lentos, quase parando ou mesmo parando, no caso da falta de vacinas e o corolário disso tudo é a explosão do número de mortes e de contaminados.

Infelizmente há dois dias num período de 24 horas morreram mais de quatro mil brasileiros, o que é um número alarmante e uma situação inacei­tável. Enquanto essa catástrofe está ocorrendo no Brasil, a vacinação segue em passos lentos e o país continua o que sempre foi: um país travado e desor­ganizado, onde as coisas funcionam com grandes entraves e dificuldades.

Faltam vacinas, falta uma logística eficaz e principalmente, uma vontade política no sentido de unir esforços para superar a crise. Na maior parte dos estados o número de leitos de UTI está aquém das necessidades. Em resumo: o atendimento médico aos portadores da covid-19, em algumas regiões do país está um caos.

02. E no resto do mundo, qual é a situação no que diz respeito à covid-19 nos últimos dez dias?
Está melhorando em alguns países, estável em outros e em alguns está piorando. Países que investiram maciçamente na vacinação de suas popula­ções já estão colhendo os resultados.

Estados Unidos com seu arrojado programa de vacinação em massa já está notando um impacto positivo com grande diminuição do número de mortes e de infectados. Israel com mais da metade de sua população já vacinada também já sente os resultados positivos dos efeitos da vacinação. Reino Unido e União Europeia também têm tido diminuição de óbitos e de contaminados. América Latina e Caribe, África e países da Europa Oriental a vacinação segue em ritmo mais vagaroso.

(Continua na próxima semana)

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