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A covid-19 no Brasil e no mundo – parte V

A pandemia que vem atingindo o mundo inteiro a partir de janeiro do ano passado trouxe uma desorganização inédita nas diversas socieda­des em diferentes países. Entre outros componentes o que mais preju­dicou as pessoas foi o fato de que, descobriu-se que o vírus atingindo as pessoas e elas podem desenvolver sintomas da doença ou não, mas em qualquer dos casos ela contamina outras pessoas que também podem desenvolver sintomas e sinais da doença. Em qualquer dos casos se desenvolve sintomas esses podem ser leves, moderados ou graves. Nessa última hipótese o risco de óbito é muito grande.

Portanto, a doença covid-19, causada pelo novo coronavírus ou por qualquer de suas variantes, seja a de Manaus, a de Londres ou a da África do Sul, é, em si, uma doença grave e que até o momento não tem tratamento especí­fico como também não tem cura, mas o tratamento dos sinais e sintomas, assim como das diferentes reações do organismo diante da agressão pelo vírus tanto quanto possível em alguns casos é possível recuperar o paciente bloqueando a evolução dessas reações que em alguns casos podem levar o paciente a óbito.

Um fato que já está sendo objeto de discussões entre cientistas, médicos e pesquisadores do mundo inteiro é que estamos vivenciando uma segunda epi­demia já que a do ano passado comparada com a desse ano apresenta caracterís­ticas que a diferenciam consideravelmente. A atual pandemia se apresenta com um perfil diferenciado, em que alguns aspectos ela parece ser mais agressiva, atinge com a mesma gravidade uma população mais jovem levando os pa­cientes a óbito em um intervalo de tempo relativamente mais curto.

Por outro lado, a pandemia do século XXI parece também apre­sentar um teor de transmissibilidade que atinge um número maior de pessoas e em decorrência disso aumenta também o número de doentes graves e de óbitos. Com relação ao perfil de ambas as pandemias, já existem discussões nos meios médicos e científicos, se haverá ou não outra ou outras pandemias a ocorrer no ano que vem e sim, quando elas chegarão e como será o perfil dessas pandemias. Como de costume for­matamos nosso material científico sob a forma pedagógica de perguntas e respostas para melhor compreensão dos nossos leitores.

01. Nos últimos oito dias qual foi a evolução da covid-19 no Brasil?
Foi e está sendo desastrosa, sem dúvida alguma. Pela primeira vez tive­mos três mil pessoas mortas em 24 horas. E a situação está tão catastrófica que já chegamos a 300 mil brasileiros mortos, o que do ponto de vista da competência na condução das medidas para enfrentar a pandemia represen­ta total descalabro. Infelizmente temos um país desorganizado e com dife­renças regionais marcantes. E essas desigualdades se tornam mais evidente quando se tem que levar vacinas e vacinadores em lugares distantes do país. Além disso, há ainda o fator político o que contribui para piorar ainda mais a problemática da crise com políticos querendo tirar proveito.

A maior parte dos estados apresenta números muito elevados de mortes e de contaminados. Como o SUS (Sistema Único de Saúde) foi abando­nado já desde o início de sua existência, chegou-se agora a uma situação desastrosa do ponto de vista da infraestrutura havendo em muitas cidades e regiões a falta de materiais básicos como cilindros e o próprio oxigênio, absolutamente indispensável no caso de pacientes graves. Além disso o número de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) está muito aquém das necessidades de atendimento, tendo sido registrado mortes de pessoas na fila enquanto espera vagas. Um fato deplorável.

02. E no mundo como foi a situação da covid-19 nos últimos oito dias?
Houve uma melhora muito grande com diminuição significativa tanto do número de óbitos quanto de contaminados. Em diversos países como os Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Rússia e China. Estados Unidos, por exemplo, com a troca de governo implantou-se medidas de vacinação em massa da população. Em curto espaço de tempo o impacto foi tão grande que o número de mortos e de contaminados caíram drasticamente. Israel é outro exemplo da eficácia de um programa de vacinação em massa. (Continua na próxima semana)

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