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A covid-19 no Brasil e no mundo – parte IV

Lendo, pesquisando e estudando sobre a história das pandemias no mun­do em geral e no Brasil em particular, concluímos que em nenhuma delas houve o que podemos dizer uma politização, isto é, a interferência política em aspectos verdadeiramente profissionais. Cada pessoa, claro, tem o direito de emitir suas opiniões que precisam ser respeitadas. No entanto, quando se trata de uma autoridade com poder de decidir sobre a condução de um caso de grande complexidade como é o da covid-19, daí as consequências de tais atitudes tornam-se perigosas.

No caso específico da pandemia que estamos vivenciando nota-se autoridade do alto escalão da administração pública como o Presidente e seu Ministro da Saúde se digladiando com governadores sobre como se portar diante de uma crise tão grave como essa que estamos atravessando. Mas, por trás dessa discussão fica evidente que cada uma dessas partes tem objetivos de tirar proveito político em eleições que estão se aproximando.

Uma situação desse tipo só acontece no Brasil o que é um fato deplorá­vel. No estágio atual dessa pandemia causada pelo novo coronavírus e sua variante de Manaus, já podemos dizer que essa é a pior pandemia de todos os tempos no Brasil e a pior conduzida até hoje do ponto de vista operacional, de capacitação técnica e principalmente de interferência política o que é um fato novo e nefasto trazendo enormes prejuízos para os brasileiros.

Fazendo uma análise imparcial de como vem sendo conduzido o comba­te à covid-19 notam-se equívocos e mais equívocos, falta de coragem, compe­tência e firmeza de atitudes diante de uma situação tão grave como essa que estamos vivenciando. As evidências se acumulam, haja vista as frequentes trocas de Ministros da Saúde, o que leva à sucessivas soluções de continui­dade de um plano eficaz de combate à pandemia. Enquanto isso, o país vê estarrecido o aumento assustador do número de contaminados e de mortos.

O plano nacional de vacinação até agora não deslanchou. Das 16 vacinas atualmente aplicadas em diversos países só duas foram aprovadas no Brasil e em número insuficiente diante de uma demanda tão intensa. O Brasil com sua estrutura administrativa centralizada, inoperante e muito vagarosa, pre­sencia o mundo caminhar a passos largos.

Para facilitar o entendimento dos nossos leitores continuamos formatan­do nosso material científico, educativo e cultural em perguntas e respostas, ao mesmo tempo que respondemos às perguntas de nossos leitores.

01. Estou aguardando a minha vez para ser vacinado. Posso escolher a vacina?
Não. Você vai receber uma das duas vacinas disponíveis para você no dia que você for convocado para ser vacinado. Não se preocupe com qual vacina você vai receber. O mais importante é você ser vacinado.

02. Ouvi dizer que a vacina da Oxford/AstraZeneca foi proibida em vários países por causar problemas circulatórios e no coração. Eu tomei essa vacina. Devo me preocupar? Que, que eu faço?

Não. Você não deve se preocupar de jeito nenhum. E você não tem que fazer nada. Realmente em alguns países houve problemas e autoridades suspende­ram a vacina até que se tenha uma resposta sobre o porquê dessas ocorrências. Investigadores suspeitaram que isso talvez tenha sido devido a um lote da vacina que tenha sido o responsável por isso. No Brasil felizmente não tivemos esse tipo de ocorrência e a vacinação continua normalmente com as duas vacinas aprovadas pelo Ministério da Saúde. Portanto, esquece. E tudo corre bem com relação as duas vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil.

03. Ouvi dizer que a vacina chinesa Coronavac protege só a metade dos vacinados. Não é pouco? E os outros continuam pegando a doença?

A eficácia da vacina Coronavac é de cerca de 51%, mas ela protege em sua totalidade as pessoas que eventualmente venham contrair a doença, para não desenvolver a forma grave da doença, o que por si só é um fato notável e protetor. Não desenvolvendo a forma grave a pessoa não vai precisar de hos­pital. Portanto, a vacina chinesa é excelente e protege mesmo os vacinados. Um postulado importante a ser seguido é: qualquer vacina é melhor do que nenhuma vacina. (Continua na próxima semana)

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