A pandemia que vem assolando o mundo desde o começo do ano passado e que é causada por um vírus respiratório chamado de novo coronavírus, que chegou ao Brasil há mais ou menos um ano e desde então vem se espalhando de maneira acelerada. O primeiro paciente foi registrado em São Paulo e a partir daí, espalhou-se pela região do ABC, baixada santista e interior do estado. Também saindo da capital o vírus foi levado para outras cidades e estados do país e em curto espaço de tempo atingiu o país inteiro.
A partir do ano passado essa pandemia trouxe dor e sofrimento para um grande número de brasileiros com essa doença grave, internações em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), enfermarias e prontos-socorros. Verificou-se também ocupação urgente de vagas que normalmente eram destinadas a doentes graves decorrentes de traumatismos, acidentados, portadores de doenças graves de diversas origens, sendo que todas essas vagas tiveram que ser remanejadas para os doentes gravíssimos com a covid-19. Esse fato causou e vem causando um transtorno muito grande para os hospitais.
O SUS (Sistema Único de Saúde) que já vinha tendo dificuldades para se manter, teve que suportar esse contingente cada vez maior de doentes graves e gravíssimos. O Brasil possui um sistema de saúde pública frágil, desorganizado e praticamente abandonado devido à ausência crônica de investimentos tornou-se caótico com a chegada súbita dessa pandemia. O ano de 2020 foi um ano terrível para os brasileiros que devido à estrutura complexa do país tiveram que enfrentar enormes dificuldades para enfrentar a pandemia.
As autoridades de saúde pública também tiveram e estão tendo grandes dificuldades na condução de enfrentamento dessa terrível pandemia. Tivemos até agora três Ministros da Saúde, todos com muita disposição e empenho para enfrentar a pandemia, mas devido a enorme complexidade do país, a pandemia continua desafiando esses esforços em ritmo acelerado. Hoje, o vírus chegou a quase 100% dos municípios brasileiros e em sua quase totalidade também já ocorreram óbitos.
A estrutura administrativa do Brasil é complexa e o país também apresenta enormes desigualdades regionais tornando a tarefa de combater essa doença um problema gigantesco que envolve uma capacidade logística de alto padrão que infelizmente o país ainda não possui. Além do mais, não obstante ao empenho e dedicação de pesquisadores do mundo inteiro ainda não foi possível descobrir um remédio para a cura dessa doença causada pelo novo coronavírus.
Felizmente o aparecimento das vacinas foi o fato científico mais promissor de todos esses tempos de angústia. Em menos de um ano descobriu-se a vacina que já está sendo usada no mundo inteiro. Ao todo já estão sendo aplicadas 16 vacinas todas devidamente aprovadas pelos órgãos controladores de medicamentos dos diferentes países.
Continuamos com a nossa prática pedagógica de apresentarmos nosso material científico sob a forma de perguntas e respostas, com o objetivo de facilitar a compreensão dos nossos leitores.
01. Qual é a situação atual do Brasil em relação à covid-19?
É péssima a situação do Brasil no momento em relação à covid-19 e isto por que, o que estamos presenciando no dia-a-dia é um aumento cada vez maior no número de contaminados e pior ainda no de óbitos. Nos últimos três dias o número de óbitos superou os piores momentos ocorridos no ano passado de onde concluímos que, pelo menos até agora, estamos vivenciando uma situação pior do que a do ano passado. Vale dizer ainda que a situação piorou sobremaneira a partir da caótica situação ocorrida no estado do Amazonas. Nas últimas 24 horas tivemos o assustador número de mais de 1.800 brasileiros mortos.
02. E qual é a situação atual do mundo em relação à covid-19?
Os países desenvolvidos como Estados Unidos, Israel, Reino Unido, União Européia e outros investiram pesado nas vacinas, sendo que em alguns deles essas medidas já chegaram a impactar positivamente no número de infectados e de óbitos. Não obstante a todo esse esforço surgiram na Inglaterra, na África do Sul e no Brasil variantes do vírus que no momento estão trazendo novas dificuldades na luta contra a covid-19. (Continua na próxima semana)