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A comunicação e as eleições de 2022

Esperado por muitos, 2022 chegou. O ano conta com um calendário vigoroso de eventos nas mais diversas áreas como a Copa do Mundo de Futebol, as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil e, claro, as eleições gerais de outubro. Será a 9ª vez desde a redemocratização do país que os brasi­leiros irão às urnas eleger o presidente da República. Além do Chefe de Estado, o pleito também renovará os governos estaduais, Assembleias Legislativas, Câ­mara Federal e um terço do Senado.

Afora toda a ansiedade existente na sociedade movida a debates e paixões (principalmente na eleição presidencial) para nós, profissionais de comunicação fica a expectativa de qual vai ser a tendência e o tom utilizado pelos candidatos e suas campanhas e que darão o norte ao eleitorado.

Analisando o histórico podemos identificar que já tivemos os períodos em que a emoção e a novidade fo­ram predominantes, depois passando pela fase da não política, da gestão e da tecnicidade, sempre permea­das, claro, pela parte não nobre da comunicação, os ataques aos adversários, que ora são abaixo da cintura ora não. Tudo isso era utilizado nas mídias tradicio­nais como TV, rádio e veículos impressos.

Com o avanço das redes sociais e da universaliza­ção da produção de conteúdo o foco mudou para a internet. O movimento começou tímido nos EUA em 2008 na primeira eleição do presidente Barack Obama e foi crescendo e se consolidando até chegarmos ao pleito federal brasileiro de 2018 quando o vencedor, Jair Bolsonaro, utilizou muito bem as mídias digitais ignorando por completo a comunicação tradicional, uma vez que ele tinha parcos segundos no horário eleitoral de rádio e TV.

Ainda não estão claras quais vão ser as linguagens e as formas que irão predominar na eleição de outubro. No caso da disputa presidencial, podemos notar o caráter plebiscitário entre o atual presidente e o ex-presidente Lula (PT), com ambos travando uma batalha na comu­nicação digital. Se o cenário continuar assim, a cada dia que passa o espaço para uma candidatura de 3ª via fica menor por falta de discurso que cative o eleitor.

O fato é que cada processo eleitoral é único e não somente na diferença de um ano para outro. No de 2022, por exemplo, para cada cargo haverá um planejamento de marketing diferente. Uma campanha majoritária é diferente de uma legislativa em vários aspectos.

Se você for candidato, a hora de colocar a mão na massa é agora. Não há mais um minuto a perder. É o momento do aquecimento, do planejamento, da defini­ção de metas e da mobilização. Afinal, há um distinto público para conquistar.

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