Tribuna Ribeirão
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A Colômbia e sua Literatura (16): Adolfo León Gómez 

Rosemary Conceição dos Santos* 

De acordo com especialistas, Adolfo León Gómez (1857 – 1927) foi um poeta, jurista e político colombiano nascido em Pasca , Cundinamarca , República de Nova Granada. Neto de Josefa Acevedo de Gomez, a primeira escritora secular da Colômbi, sua peça em três atos em verso “El Soldado”, relacionada à batalha decisiva de La Humareda e ao fim da guerra civil colombiana de 1884-188 , deu vida ao popular gênero musical colombiano popular nos territórios que compunham o Vice-Reino de Nova Granada do século XIX. 

Foi um poeta “terno, melancólico e sentimental”; cantor de dor e tristeza de forma clara e simples. Seu “diálogo entre um viajante e o doutor Adolfo León Gómez na cidade das dores”, publicado no jornal El Tiempo, de Bogotá, é uma dura crítica à sociedade hipócrita para com os pacientes de hanseníase, à distorcida política de saúde do governo colombiano daquela época em relação ao tratamento e especulação de médicos charlatões e traficantes da dor alheia. 

A atividade acadêmica e política que manteve durante as últimas décadas do século XIX fez com que se destacasse no Partido Liberal, que acompanhou em muitas ocasiões, mesmo nas guerras civis que o Partido teve de enfrentar para exigir as garantias democráticas mínimas de aqueles que exerceram a oposição. Foi um renomado jurista e parlamentar inflamado que soube aproveitar o fórum dos jornais e revistas para fazer suas propostas sobre os temas mais importantes da vida pública colombiana. As academias foram, portanto, os centros fundamentais do seu trabalho intelectual. Foi magistrado do Supremo Tribunal, senador, presidente da Academia Colombiana de História e da Academia Colombiana de Jurisprudência, doando ao Museu Nacional, em 1911, a jaqueta da Tribuna do Povo, Don José Acevedo e Gómez. 

Um exemplo do seu espírito poético, marcado pela dor e sofrimento a que foi submetido, e que reflete milhares de homens imersos nas lutas políticas ou no desprezo do seu tempo, encontra-se em “Buried Alive”, parágrafos indeléveis do seu livro “A cidade da dor: ecos da prisão dos inocentes” “Con el pavor con que se oprime el alma sólo al pensar en enterrados vivos cuando de noche, junto al camposanto se escucha algún gemido, debes temblar al escuchar el nombre de la prisión perpetua en donde gimo y orar por mí diciendo: ¡Desgraciado, si lo enterraron vivo!” 

Fundador do jornal Sur América, foi colaborador regular de diversos jornais e revistas, como, por exemplo, El Bogotano, El Pabellón Americano, Anales de Jurisprudencia e do Boletim de História e Antiguidades. 

Professora Universitária* 

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