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A CNBB e a importância do voto consciente

Bastante oportuna – ainda mais diante da proximidade do próximo dia 7 de outubro – a cartilha política da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil contendo importantes orienta­ções para não só os católicos, mas para os brasileiros em geral no relacionado à importância das eleições em nosso País. Transcrevo parte das orientações políticas transmitidas por essa cartilha: “Para o bem da sociedade” – explica a CNBB – “é necessário que todos sejam justos, honestos e respeitosos com seus semelhantes. É dever de todo servidor público obe­decer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida­de, publicidade e eficiência.”

Diz ainda: “Quem é corrupto e se elege comprando votos, provavelmente continuará praticando a corrupção para recu­perar o que gastou”. E faz um reparo: “O roubo e o desvio de verbas públicas levaram o País a uma crise ética, econômica e social. Todos somos corresponsáveis pela situação que vive­mos. Nossos interesses pela política são de grande importân­cia. Não escolhemos, infelizmente, com critério na hora do voto e não acompanhamos os eleitos”.

Prossegue: “O bem da nação requer de todos a superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas. A pola­rização de posições ideológicas, em clima fortemente emo­cional, gera a perda da objetividade e pode levar a divisões e violências ameaçadoras da paz social. Saiba dialogar pacifica­mente com quem pensa diferente. O grande responsável pelas mudanças que o Brasil precisa é o povo. Temos de ser advo­gados da justiça e defensores dos pobres diante das intolerá­veis desigualdades sociais e econômicas que clamam ao céu. Temos de conseguir reabilitar a dignidade da política, temos que nos encaminhar rumo à democracia madura, participati­va, sem as chagas da corrupção.

Precisamos nos empenhar em moralizar as campanhas políticas. Temos que lutar no âmbito da moralidade pública, da administração da justiça, do Estatuto da Família e da pro­moção do direito à vida. A palavra ‘candidato’ vem de cândi­do, puro, branco. Originou-se na Roma antiga, onde aqueles que disputavam cargos eletivos eram obrigados a desfilar pelas ruas trajando vestes brancas, que era uma forma de de­monstrar a pureza de sua vida e de seus propósitos. Cabia aos cidadãos aceitar a apresentação ou jogar lama nos camisolões brancos daqueles que estavam enganando o povo”.

Continua orientando: “Tenha interesse pela política. Ela influencia concretamente a nossa vida, salários, impostos, preços de mercadorias e serviços e é essencial para a transfor­mação da sociedade, educação e segurança. Escolha candida­tos que tenham boa índole, pesquise. Há candidatos honestos e competentes.

Procure informações em fontes seguras sobre o candidato de sua preferência, sobre sua vida, sobre sua atuação na socie­dade, sua família e seu trabalho social. Vote em quem tenha efetiva competência e reconhecida capacidade de liderança, que defende a família, que tenha comprometimento com as coisas dos mais necessitados, que tenha respeito com seus adversários políticos, que tenha coerência entre palavras e atitudes, inspirando confiança e credibilidade.”

Devemos escolher, portanto – conforme frisei em artigos anteriores – candidatos dotados de quatro qualidades funda­mentais: em primeiro, lugar, honestidade, muito em falta em nosso país; capacidade, pois não adianta ser honesto se não for capaz; idealismo, pois não adianta ser capaz e honesto se não tiver ideais, propósitos corretos e, finalmente, também muito importante: coragem para enfrentar os desafios repre­sentados pela situação atualmente vivida pelo Brasil.

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