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Achados e perdidos: mais de 500 objetos a espera dos donos

FOTOS: JF PIMENTA/ESPECIAL PARA O TRIBUNA

Diariamente dezenas de pessoas perdem ou esquecem documentos ou objetos dos mais inusitados no Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto, no Aeroporto Leite Lopes ou nas ruas da cidade. Um levanta­mento feito pelo Tribuna jun­to à administração destes dois empreendimentos de trans­portes coletivo revelou que, na última quinta-feira, 5 de setembro, existiam no setor de achados e perdidos deste locais 120 documentos e objetos.

Já na agência central dos Correios, localizada na rua Álvares Cabral para onde são encaminhados documen­tos encontrados pela popula­ção esse total é de 431 docu­mentos. Resultado: hoje em Ribeirão Preto existem 551 objetos ou documentos a es­pera de seu dono. Todos são catalogados e disponibiliza­dos para consulta através do site das instituições.

Vinte e três voos regulares por dia e vários objetos esquecidos por
passageiros

A quantidade só não é maior porque periodicamen­te as administrações do Ter­minal Rodoviário e do Aero­porto Leite Lopes fazem uma operação “pente fino” para evitar o acúmulo destes ob­jetos. No caso dos documen­tos, depois de noventa dias eles são encaminhados para o setor de Achados e Perdidos dos Correios.

Lá, eles são catalogados e disponibilizados no site da empresa por sessenta dias. Conectado e alimentado em rede nacional o link “achado e perdidos” possibilita que o interessado possa fazer a consulta e descobrir a cidade onde está o seu documen­to. Já outros tipos de objetos esquecidos na Rodoviária ou no Aeroporto, como malas e roupas, quando não pro­curados pelos donos são en­tregues depois de um tempo para entidades assistenciais de Ribeirão Preto.

Até batedeira de bolo com a massa pronta na Rodoviária
Além dos tradicionais objetos comuns em terminais rodoviários, como malas e mochilas, o setor de Achados e Perdidos já recebeu objetos inusitados. Um deles, uma batedeira com todos os ingredientes “batidos” para se fazer um bolo. Como não podiam guardar o material perecível, os funcionários do setor lavaram a batedeira que ainda está lá à espera da sua dona.

Batedeira, em destaque, foi esquecida com massa pronta para bolo

Entre os objetos esquecidos destacam-se também muletas, peças automotivas, guia para portadores de deficiência visual, capacetes de motociclistas e quadros com imagens de santos.

Outras duas situações inusitadas vividas pelos funcionários do setor, envolverem um peixinho de aquário da espécie beta e uma gata. No caso do peixinho, após ser esquecido numa das poltronas da rodoviária, ele foi adotado pelos funcionários do setor e ficou lá até o ano passado, quando faleceu.

Já a gata foi deixada no terminal por sua dona, que até tentou levá-la para a cidade para a qual estava se mudando. Mas, como não tinha a “casinha” própria exigida para o transporte e nem dinheiro para comprar uma, acabou deixando o animal no terminal. Depois de perambular pelos corredores da Rodoviária ela foi adotada por uma funcionária do setor de limpeza.

Vale lembrar que a Rodoviária de Ribeirão Preto possui cerca de 330 linhas – chegadas e partidas -, para trezentas cidades brasileiras. Tem cerca de duzentos funcionários diretos e indiretos e recebe por dia uma média de oito mil pessoas. O que dá um total de 240 mil passageiros por mês. Para acessar o link achados e perdidos da rodoviária basta entrar no site www.rodoviariaderibeiraopreto.com.br

Óculos, eletrônicos e bijuterias no Leite Lopes
Com vinte e três voos regulares por dia e 78.639 passageiros contabilizados no mês de julho, o Aeroporto Leite Lopes também tem seu setor de Achados e Perdidos. Atualmente guarda cinquenta objetos e docu­mentos. A maioria deles óculos, eletrônicos, bichinhos de pelúcia, roupas e bijuterias. No caso de objetos com valores mais elevados seus donos voltam para buscá-los. A retirada no caso do Leite Lopes tem de ser feita pessoalmente.

A funcionaria Marilene mostra objetos esquecidos no Aeroporto Leite Lopes

Todo material encontrado é catalogado e permanece na administração do aeroporto pelo prazo de seis meses. Passado esse tempo, os objetos são doados para enti­dades assistenciais de Ribeirão Preto. O Leite Lopes realizou em Julho 2.531 pou­sos e decolagens com destino as cidades de Guarulhos, Curitiba, Rio de Janeiro, Goiânia, São Paulo, Brasília, Campinas e Uberlândia. Neste mês de julho.

Sá para lembrar, o Aeroporto de Ribei­rão Preto está no plano de desestatiza­ção do Governo Paulista. Executivos e técnicos da consultoria internacional contratada para realizar os estu­dos que vão definir o modelo mais eficiente de gestão e funcionamento – se privatização, concessão ou PPP, e equipes do DAESP vistoriaram o aeroporto no dia 31 de maio.

A previsão é que os estudos de desestatização sejam finalizados em novembro. Todo o processo de desestatização dos aeroportos estaduais será concluído no primeiro trimestre de 2020.

Somente documentos nos Correios
Atualmente existem 431 documentos disponíveis para retirada pelos donos no setor de Achados e Perdi­dos da agência central dos Correios em Ribeirão Preto. Criado há mais de trinta anos, o serviço tem como objetivo encurtar o tempo e reduzir o custo da busca por documentos perdidos.

Maria Genadir, dos Correios, a espera dos donos dos documentos

Mensalmente, em todo o Brasil, mais de 20 mil documentos são disponibilizados para retirada nos Cor­reios. Entretanto, apenas 3% deles são procurados e devolvidos aos proprietários. Os demais são remeti­dos ao órgão emissor. Em Ribeirão Preto a maioria dos documentos é Registros de Identidade, Certidões de Nascimento e Carteiras de Trabalho.

O setor é abastecido pela população. Ou seja, quem acha o documento de terceiros pode depositá-los no guichê de qualquer agência dos Correios ou em caixas de coleta. Uma vez recebidos eles são acondi­cionados em envelopes e guardados, ficando disponíveis para retirada durante sessenta dias. Após este prazo são encaminhados para o órgão emissor. A consulta de documentos pode ser feita em qualquer unidade ou no site www.correios.com.br

Se o documento perdido estiver em uma cidade diferente da qual o proprietário se encontra, é possível fazer uma solicita­ção para que ele seja enviado à agência mais próxima. Para retirá-lo o cidadão precisa comprovar sua titularidade e pagar uma tarifa de R$ 5,70.

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