Sim, nós acordamos! A mulher brasileira está na rua ocupando o seu lugar e exigindo o respeito aos direitos de igualdade mitigados há séculos de história. Questões menores e falácias propagadas por alguns candidatos, com o intuito de desviarem a atenção e facilitarem a implantação do seu projeto antipovo, do verdadeiro aniquilamento social da população brasileira, são tão rasteiras que dispensam quaisquer divagações no assunto. A tática da “lavagem cerebral” foi muito utilizada pelos governos ditatoriais e até hoje pessoas insistem no mesmo modelo.
Qual é a importância dentro da crise atual que vive o Brasil, se a mulher de direita é mais bonita e mais cheirosa que a mulher de esquerda, diante dos 14 milhões que estão desempregados hoje no País. Os padrões de beleza serão sempre uma representação da classe dominante, que tende a oprimir a população carente, mas acredita-se que esses padrões de estética irão se despregar dessas amarras, proporcionalmente ao aumento do índice de educação do nosso povo e por buscarmos uma educação libertadora, vamos continuar lutando contra o projeto da escola sem partido.
Nós, as mulheres brasileiras de hoje, queremos ocupar a política nacional em todas as suas esferas, municipal, estadual e federal, ocorre que não obstante a legislação eleitoral vigente prever o repasse de 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, para as campanhas das mulheres, foram poucos os partidos políticos que cumpriram a lei neste pleito atual. Os partidos políticos estão canalizando toda a verba que teria que cobrir as campanhas das mulheres, para as denominadas campanhas dos denominados candidatos prioritários, ou seja, para os homens que já possuem mandato.
É com situações de desrespeito deste nível de gravidade que as mulheres brasileiras estão realmente preocupadas. Não irão desviar nossa atenção com balelas. Essa reserva dos 30% do fundo para as campanhas das mulheres serviria para alavancar o nosso acesso no cenário político nacional, porque as cotas femininas foram criadas para atingirem uma igualdade substancial e real e não apenas formal, porque uma lei morta é uma lei sem efeito.
O clássico da literatura “A Paixão de Sacco e Vanzetti”, de Howard Fast, página 149, traduz a história que insiste em se repetir: “Eu sei que a sentença irá ser entre duas classes, a classe oprimida e a classe exploradora. Nós confraternizamos com o povo por meio de livros, de literatura. Vos perseguis o povo, tiranizais e matais as suas criaturas. Nós tentamos sempre a educação do povo. Vós tentais meter uma cunha entre nós e outras nacionalidades para que se odeiem umas às outras”. Mulheres, uni-vos!