Tribuna Ribeirão
Política

‘PUXADINHO’ – Obra entra na fase de pintura

Duas semanas depois de as­sinar o aditamento ao contrato original para retomar a constru­ção do anexo da Câmara de Ri­beirão Preto, a Cedro Constru­tora inicia nesta segunda-feira, 26 de março, a fase de pintura das paredes internas. Os projetos executivos já foram contratados, mas a empresa explica que a re­tomada de uma obra deste porte passa por etapas que incluem, por exemplo, a recomposição das instalações físicas, a contra­tação de pessoal e a aquisição de insumos e produtos.

Por enquanto, a movimenta­ção no canteiro de obras ainda é tímida. A construção do prédio foi oficialmente retomada em 12 de março, depois da assinatura, no dia 8, do aditamento. Nas duas últimas semanas foram realizados serviços de nivelamento e estaqueamento do piso do estacionamento, em­papelamento para proteção dos trabalhos já realizados tais como piso e louças sanitárias, e ade­quações que serão necessárias para instalação do sistema de combate a incêndio.

“Os trabalhos irão se inten­sificar conforme forem sendo concluídos os projetos executivos contratados após o aditamento”, informa a Cedro Construtora por meio de nota, lembrando que as­sumiu a elaboração dos projetos executivos necessários e já contra­tou engenheiros especialistas. “A Cedro esclarece ainda que tem to­tal interesse e empenho em agilizar a conclusão da obra, sem deixar de seguir todas as normas e medidas de segurança. A empresa está em total sintonia com a Mesa Diretora da Câmara, Comissão de Fiscali­zação da Câmara e Secretaria Mu­nicipal de Obras para a conclusão do contrato”, informa. De acordo com o cronograma, nesta segunda começa a preparação das paredes internas (reboco) para pintura.

Obra polêmica – A presidên­cia da Casa de Leis já enviou toda a documentação aos principais órgãos fiscalizadores paulistas, como Procuradoria-Geral de Jus­tiça – Ministério Público Estadual (MPE) – e Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Cópias do aditamento também foram encaminhadas a todos os 27 gabinetes de vereadores.

A conclusão do prédio anexo da Câmara de Ribeirão Preto vai consumir mais R$ 2,16 milhões do orçamento do Legislativo. A empresa vencedora da licitação vai embolsar o valor de R$ 457,5 mil referente ao contrato original, de aproximadamente R$ 6,85 mi­lhões – a Cedro Construtora rece­beu R$ 6,4 milhões até agora, a di­ferença já estava reservada – e mais R$ 1,7 milhão e aditamento para concluir o popular “puxadinho”.

A verba destinada ao anexo para este ano é de R$ 8,5 milhões, em duas rubricas: uma de R$ 4,5 milhões para obras e instalações (rede elétrica, cabos de fibra ótica, a parte física do edifício etc.) e outra de R$ 4 milhões para equipamen­tos e materiais permanentes (mo­biliário, sistema de ar-condiciona­do, parte hidráulica).

O Tribuna apurou que, além do valor extra de R$ 1,7 milhão exigido pela empreiteira para conclusão do prédio, ainda estão previstos gastos de R$ 3,5 milhões com a instalação da rede “lógica” (R$ 1 milhão), do sistema de re­frigeração (mais R$ 1 milhão) e da rede elétrica (R$ 1 milhão) e com a aquisição do mobiliário (R$ 500 mil), totalizando R$ 5,2 milhões.

Ou seja, o Legislativo reser­vou R$ 8,5 milhões para concluir o “puxadinho”, mas deve gastar 61,2% desse montante, já que os R$ 457,5 mil do contrato origi­nal estão reservados desde 2017. Mesmo assim, com o aporte de R$ 1,7 milhão necessário para a conclusão do prédio, apenas a parte física da obra custará 24,8% acima do valor do contrato origi­nal assinado em 2015, de R$ 6,85 milhões. O aditamento estipula como prazo final para a entrega do anexo 16 de janeiro de 2019, mas será antecipada em um mês, para dezembro deste ano.

O anexo foi idealizado na ges­tão de Walter Gomes (PTB, está preso em Tremembé por causa da Operação Sevandija) para acomo­dar nos dois prédios os gabinetes dos 27 vereadores da atual legisla­tura (2017-2020) nas duas uni­dades – eram 22 na passada, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no eleitorado da cidade, elevou o número de cadeiras.
Neste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a cidade pode voltar a ter 22 vereadores, mas essa redução vai depender exatamente dos parla­mentares – eles têm até outubro do ano que vem para aprovar nova emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) e garantir as atuais 27 cadeiras.

Postagens relacionadas

‘Marmita’ será julgado por uso de carro oficial

Redação 1

Entrega de viadutos vai atrasar

Redação 1

Conppac de RP descarta tombar Educandário 

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com