Tribuna Ribeirão
Política

Vem pra Rua e MBL pressionam ministros

Depois de se reunir com a pre­sidente do Supremo Tribunal Fe­deral (STF), ministra Cármen Lúcia, o movimento Vem pra Rua (VPR) pressiona os ministros do STF pe­las redes sociais tentando evitar que a corte mude o entendimento atual da prisão após condenação em segunda instância. O Movi­mento Brasil Livre (MBL) também entrou na empreitada.

Antes da sessão plenária do STF desta quarta-feira, 21, inte­grantes do VPR foram recebidos por Cármen Lúcia no gabinete da presidente e pediram para que ela “resistisse” às pressões de julgar ações sobre o tema, cuja revisão pode evitar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja preso após condenação do Tribunal Re­gional Federal da 4º Região (TRF-4).

“Estivemos no STF reunidos com Cármen Lúcia, que nos garantiu que não irá pautar discussão sobre prisão após condenação em se­gunda instância”, comunicou o Vem pra Rua, após a reunião. Ao abrir a sessão, a presidente do STF pautou para amanhã o pedido de habeas corpus no qual o ex-presidente Lula pleiteia o direito de permanecer em liberdade até esgotarem todas as possibilidades de recursos judiciais contra sua condenação. Mesmo com a presidente do STF não se manifestando em relação às ações que tratam da execução antecipada da pena, o julgamento desta quinta­-feira poderá levar à corte a ter um novo entendimento sobre o tema.

Com o anúncio de Cármen Lúcia, o Vem pra Rua intensificou uma campanha para coletar apoio entre internautas contra a revisão do entendimento. Os integrantes divulgaram o chamado “Mapa do Supremo Tribunal Federal”, com os contatos dos gabinetes de to­dos os ministros da corte. Além disso, apelaram ao ministro Luís Roberto Barroso, a favor da pri­são após condenação em segun­do grau, para que ele peça vista no julgamento de amanhã e evi­te que a Corte decida a questão. “Alguém precisa frear o golpe que quer salvar Lula da prisão”, diz um texto publicado pelo Vem pra Rua nas redes sociais com uma foto de Barroso e a frase: “Ministro Barro­so, peça vista! Não deixe o habeas corpus de Lula prosseguir”.

Para o movimento, ao liberar o pedido de Lula para julgamen­to, Cármen Lúcia “dá nó tático nos defensores de Lula no STF.” “Eles agora terão que se declarar publica­mente e ainda correr o risco de sa­írem derrotados do plenário, já que não há maioria formada para apro­var o pedido”, diz o Vem pra Rua

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