BRILHOU MAS NÃO DEU
As críticas feitas aqui sobre o Santos não devem se refletir como demérito ao Botafogo. O time Santista realmente é fraco, está sendo reestruturado pelo técnico Jair Ventura Filho e os garotos que estão sendo testados são jogadores comuns, bem abaixo da tradição santista. Esta condição do adversário ajudou muito, claro, mas a apresentação do Botafogo foi brilhante no jogo de ontem, a decisão das quartas de final do Campeonato Paulista, na Vila Belmiro. Defendeu-se organizadamente, como de costume, mas trocou passes com qualidade e avançou para o ataque com consciência.
Maturidade…
O time botafoguense errou pouco, aliás, apenas Dodô cometeu erros em seqüência no finalzinho, mas perdoáveis. Ao contrário do que ocorreu em outros jogos, as escolhas e tudo que os jogadores botafoguenses tentavam dava certo. No futebol às vezes acontece de tudo dar certo numa noite por acaso, mas também acontece quando o time atinge a maturidade. Para quem assistia ao jogo sem preocupação com o resultado ou com o que aconteceria na disputa de pênaltis, a apresentação botafoguense, a melhor dele no campeonato, era de um time maduro e com o controle absoluto do jogo.
Semifinal…
Por incrível que pareça a chuva no segundo tempo prejudicou mais o Botafogo do que o Santos. A fragilidade santista ajudou o Botafogo e abre perspectiva sombria para o Santos no Campeonato Brasileiro. Em que pese a contribuição santista para a boa apresentação do Botafogo, esta evolução da equipe botafoguense sinaliza como boa base razoável para a Série C. A conquista da vaga na semifinal, o grande objetivo do jogo de ontem, após empate de 0 a 0, não veio. Na disputa de pênaltis mal cobrados o Santos se classificou, mas isso não tira o brilho da apresentação botafoguense no tempo normal.