Tribuna Ribeirão
Política

Conselho de Ética vota relatórios

O Conselho de Ética da Câ­mara de Ribeirão Preto realiza na tarde desta sexta-feira, 16 de março, uma reunião para leitura e votação de dois relató­rios envolvendo representantes da população na Casa de Leis. Os conselheiros vão decidir se instauram ou não comissões processantes contra os verea­dores Isaac Antunes e Adauto Honorato, o “Marmita”, ambos do Partido da República (PR). A tendência, no entanto, é de arquivamento, como já ocorreu no caso de Waldyr Villela (PSD).

O Legislativo deve deixar o caso nas mãos das polícias Fede­ral e Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Antunes é acusado de envolvimento com o esquema de fraudes judiciais investigado pela PF na Operação Têmis. Já “Marmita” é acusado de ser o organizador de bailes funk – os chamados “pancadões” – que terminaram em confronto com a Polícia Militar nas vésperas do Natal e do réveillon, no Parque Ri­beirão Preto, na Zona Oeste.

O relator do caso de Isaac Antunes é Marinho Sampaio (MDB), enquanto o processo contra “Marmita” foi relatado por André Trindade (DEM). Otoniel Lima (PRB), presidente do Conselho de Ética, explica que, após a leitura dos pareceres, a recomendação expressa será votada pelos conselheiros.

O relator pode pedir o ar­quivamento, caso não encontre provas de quebra do decoro parla­mentar, ou algum tipo de punição, se tiver constado alguma infração ao decoro. As penalidades vão a simples advertência, a suspensão do mandato por período determi­nado e mesmo a cassação, depois da instlaç~çao de numa Comis­são Processante (CP) e de votação em plenário. Apenas nesse último caso – cassação do mandato – a decisão tomada pelo Conselho de Ética tem de ser referendada pelos demais parlamentares.

O Conselho de Ética é com­posto por cinco vereadores – Otoniel Lima, Marinho Sam­paio, André Trindade, Maurício Vila Abranches (PTB) e Jorge Parada (PT). O presidente diz que, caso não haja oposição de nenhum integrante, a reunião será aberta. Caso algum mem­bro não concorde, será fechada e só terá o resultado divulgado após seu encerramento.

O Tribuna apurou que a ten­dência é pelo arquivamento dos dois processos. No caso de Isaac Antunes, o suposto crime do qual é investigado ocorreu antes da posse como vereador. Ou seja, não tem como ter havido quebrado decoro parlamentar já que ele não exercia na época mandato eletivo – é investigado por crime eleitoral e caixa 2, por enquanto. No caso de Adauto Marmita não existi­riam provas de que ele organizou de fato os bailes funk. Os dois ne­gam ter cometido qualquer crime.

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