A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram nesta quinta-feira, 8 de março, suas previsões para a safra de grãos. As projeções são pessimistas. A Conab aposta em queda de 4,9% em comparação com a colheita anterior, enquanto o IBGE prevê retração de 5,6%.
Segundo a companhia, a produção brasileira de grãos na safra 2017/18, em fase de colheita nas principais regiões, deverá ter um aumento de 466,3 mil toneladas (0,2%) em relação ao levantamento realizado no mês passado, podendo atingir a 226,04 milhões de toneladas. Em fevereiro, o número estimado era de 225,6 milhões de toneladas.
Segundo os dados do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18 da Conab, a produção brasileira de grãos na safra 2017/18, em fase de colheita nas principais regiões, deverá ser 4,9% menor do que a anterior – em 2016/17, foi registrada colheita recorde de 237,67 milhões de toneladas. Mesmo assim, o País ainda deverá colher a segunda maior safra de todos os tempos, cerca de 226,04 milhões de toneladas.
Segundo o IBGE, a safra agrícola de 2018 deve totalizar 227,2 milhões de toneladas, uma queda de 5,6% em relação à produção de 2017 (240,6 milhões de toneladas), o equivalente a 13,4 milhões de toneladas a menos. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro. O resultado, porém, é 1,1 milhão de toneladas maior que o estimado pelo levantamento de janeiro, um aumento de 0,5%.
Em 2017, a safra somou 240,6 milhões de toneladas. Os produtores brasileiros devem colher 61,3 milhões de hectares na safra agrícola de 2018, uma elevação de 0,3% em relação à área colhida em 2017, conforme o levantamento do IBGE. A expectativa é ainda 0,2% maior que o previsto no levantamento de janeiro. Metade dos 30 principais produtos terá produção maior este ano, em comparação com o anterior. Apesar disso, a produção total não deverá superar o recorde do ano passado.