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Veículos da Sevandija vão a leilão

O leilão dos veículos apre­endidos de pessoas investiga­das na Operação Sevandija já tem data definida. Será realiza­do entre 30 de abril e 4 de maio, pela internet, no site da empresa especializada responsável pelo certame. No total, 15 unida­des serão colocadas à venda. O leilão foi autorizado pelo juiz Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Criminal de Ri­beirão Preto, em dezembro.

A Operação Sevandija foi deflagrada pelo Grupo de Atu­ação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal (PF).

O magistrado definiu que na primeira sessão a venda seja feita pelo valor da avaliação ou acima e que, na segunda, por quantias não inferiores a 80% da avaliação. A moto e os 14 automóveis que se­rão alienados têm fabricação que variam de 2012 a 2017.

A decisão foi tomada com base em um pedido do Ministério Pú­blico Estadual (MPE), que atuou, com a PF, nas investigações sobre as supostas fraudes na prefeitura de Ribeirão Preto que podem ter desviado mais de R$ 203 milhões dos cofres públicos. Entre os bens que vão a leilão estão três automóveis do ex-presidente da Câmara, Walter Gomes (PTB), e dois do ex-superintendente da Companhia de Desenvol­vimento Econômico (Coderp) e do Departamento de Água e Esgotos (Daerp) e ex-secretário municipal da Administração, Marco Antônio dos Santos.

Também há três veículos do empresário Marcelo Plastino, só­cio da Atmosphera Construções e Empreendimentos, que cometeu suicídio em novembro de 2016, além de um do ex-secretário de Educação, Ângelo Invernizzi Lo­pes e da advogada Maria Zuely Alves Librandi. Da lista de 16 bens que seriam colocados à venda, a Justiça excluiu em um primeiro momento uma BMW pertencen­te ao ex-diretor técnico do Daerp, Luiz Alberto Mantilla, “até conso­lidação da colaboração premiada” firmada com a Justiça.

Todos os investigados ne­gam a prática dos crimes de as­sociação criminosa, fraude em licitações e corrupção ativa e passiva e dizem que vão provar inocência. Se os veículos forem vendidos, o dinheiro ficará em uma conta judicial. Em caso de condenação dos proprietários, o valor arrecadado será devolvido ao governo municipal. Ou en­tão voltará para os suspeitos, em caso de absolvição.

O Palácio Rio Branco entrou com ações na Justiça e cobra o ressarcimento de R$ 220 milhões e o bloqueio de bens de 26 dos 34 indiciados na Sevandija. Já fo­ram bloqueados R$ 33 milhões de contas correntes dos acusados, 68 imóveis e 66 veículos. A Justi­ça também já bloqueou 30 joias de ouro pertencentes à advogada Maria Zuely Alves Librandi.

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