Tribuna Ribeirão
Política

Jungmann demite Segovia do comando da Polícia Federal

O novo ministro da Seguran­ça Pública, Raul Jungmann, deci­diu trocar o comando da Polícia Federal (PF), que foi transferida do Ministério da Justiça para a nova pasta. Fernando Segovia será substituído pelo delegado Rogério Galloro.

Galloro era o preferido do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para assumir a PF no momento em que Segovia foi nomeado, em novembro. Em troca, Torquato o escolheu para comandar a Secretaria Nacio­nal de Justiça.

A demissão ocorre após Se­govia ter causado polêmica ao declarar, para a agência Reu­ters, que o inquérito que inves­tiga o presidente Michel Temer poderia ser arquivado e que o delegado responsável pelo caso poderia ser punido.

Ele foi intimado pelo mi­nistro Luís Roberto Barroso, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), a se explicar sobre a entrevista. Em um encontro com o ministro, disse que suas declarações foram distorcidas e garantiu que não iria interfe­rir no inquérito.

Na segunda-feira, a procu­radora-geral da República, Ra­quel Dodge, pediu para Barroso emitir uma ordem judicial para proibir Segovia de comentar a investigação. Nesta terça-feira, em um despacho, o ministro afirmou considerar que o dire­tor-geral estava “devidamente ciente de que deve se abster de qualquer pronunciamento” so­bre o processo.

Declarações polêmicas – As falas de Segovia foram feitas em entrevista à agência internacional de notícias “Reuters”. Na conver­sa, o diretor-geral da PF disse que era possível “concluir que não ha­via crime” da parte de Temer.

“Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimen­tos, as pessoas têm reiteradamen­te confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios realmente de qual­quer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime”, disse Segovia.

Além do comentário sobre o resultado do inquérito, Segovia também fez ressalvas ao trabalho do delegado Cleyber Malta Lo­pes, responsável pelas 50 pergun­tas feitas ao presidente.

“Ele pode ser repreendido, pode até ser suspenso depen­dendo da conduta que ele to­mou em relação ao presiden­te”, disse o diretor-geral, ao abrir a possibilidade em caso de pedido da Presidência.

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