Tribuna Ribeirão
Política

CONTA DE ÁGUA – Sindicato alerta para aumento ‘abusivo’

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto (SSM/RP), que representa os funcionários públicos lotados no Departamento de Água e Esgotos (Daerp), pede socorro aos vereadores para evitar que a tarifa de água na cidade, uma das mais baratas do Estado, te­nha aumentos elevados. Dire­tores da entidade já estiveram na Câmara para defender a re­provação do projeto de lei do Executivo que formaliza a ade­são do município à Agência Reguladora de Serviços de Sa­neamento nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ).

Alexandre Pastova, vice­-presidente do SSM/RP, mos­tra um levantamento feito pela entidade junto aos serviços de abastecimento de água de várias cidades integrantes do consórcio que mantém a agên­cia reguladora. “Sem exceção, todos os municípios que aderi­ram ao consórcio tiveram, nos anos seguintes, reajustes de ta­rifas muito acima da correção inflacionária”, diz.

Ele cita como exemplo a cidade de Campinas, a maior entre os 52 municípios que fa­zem parte do consórcio. “Em Campinas, antes de a prefeitu­ra entrar no consórcio, a tari­fa para o consumo de 15 me­tros cúbicos ao mês era de R$ 72,72, valor que incluía a água tratada e a coleta e afastamento do esgoto. O reajuste era defi­nido pela própria Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sa­nasa), o Daerp de lá”, explica.

“Com a adesão ao consór­cio, os valores da tarifa passa­ram a ser de responsabilidade da Ares-PCJ e hoje os mesmos 15 metros cúbicos custam R$ 117,73, reajuste de 61,89%, muito acima da inflação do período”, informa Pastova. Para efeito de comparação, atualmente o Daerp cobra pelo consumo de 15 metros cúbi­cos (água tratada mais coleta e afastamento de esgoto) o valor de R$ 28,60.

Para o SSM/RP, a prefeitu­ra está aproveitando o fato de a legislação federal exigir que o serviço de abastecimento seja fiscalizado por uma agência reguladora para aderir à Ares­-PCJ e conseguir reajustar de forma expressiva os valores das tarifas do Daerp, que no ano passado sofreu um au­mento de 12,37% graças a ju­íza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública, que proibiu a correção de 15,53%, defendida pela au­tarquia, para a tarifa de água e esgoto e do Fundo Especial para Substituição de Hidrôme­tros (Fesh).

“Eles já tentaram começar isso no ano passado, mas a Justiça interveio e determinou que o aumento fosse apenas o correspondente à inflação”, argumenta o vice-presidente do sindicato. O projeto de lei enviado pela prefeitura à Câmara Municipal será de­batido em audiência pública convocada pelo Legislativo para o próximo dia 6 de mar­ço, a partir das 16 horas, no plenário da Casa de Leis.

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