Tribuna Ribeirão
Política

De olho na eleição, Doria tenta cumprir promessas até abril

Por Adriana Ferraz e Marco Antônio Carvalho

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), iniciou contagem regressiva até o dia 7 de abril para colocar o maior número possível de projetos em prática antes de deixar o cargo para a disputa do governo do Estado, caso seja ele o candidato do partido. Doria intensificou o cronograma de inaugurações de obras e lançamentos de programas prometidos em campanha.

O PSDB definiu como 25 de março a data máxima para escolha do candidato do partido à sucessão do governador Geraldo Alckmin.

Nos próximos dias, o plano de Doria é anunciar a concessão do Parque do Ibirapuera e do Estádio do Pacaembu, além da retomada da Operação Delegada, em um aceno a Gilberto Kassab, criador da iniciativa e possível vice na chapa com o PSD.

Lançada por Kassab em 2009, a Operação Delegada permite que o município pague diárias a policiais militares em folga para fiscalização de ambulantes. O programa, apesar de ser focado na zeladoria urbana – com aperto ao comércio irregular -, ajuda na sensação de segurança e na queda dos índices de criminalidade, segundo a PM.

Doria quer deixar a imagem de que trata a segurança pública como prioridade e apoia projetos de colaboração na área, que é de competência do Estado.

Desde o fim do carnaval, o prefeito já lançou chamamento público para modernização da rede semafórica, editais para instalar banheiros públicos nas ruas e conceder o mercado municipal de Santo Amaro à iniciativa privada, projeto urbanístico para o complexo de Interlagos, na “versão privatizada”, e inaugurou uma creche na zona leste.

Outras medidas polêmicas também vão compor o discurso do tucano daqui até o início de abril, como a concessão do Parque do Ibirapuera e do Estádio do Pacaembu. A primeira será anunciada na terça-feira, 27.

A agenda de anúncios faz parte da estratégia de “mostrar serviço” ao eleitor paulistano que, pela segunda vez, pode perder seu prefeito para uma eleição estadual – o atual senador José Serra, também tucano, renunciou ao cargo em 2006 para disputar, e vencer, o governo. O ritmo acelerado, no entanto, não permitirá a conclusão de nenhum projeto de desestatização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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