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Clássico dos anos 1970, ‘S.W.A.T.’ volta repaginado

Por Pedro Rocha, especial para o Estado

Para saudosistas e para um novo público, a clássica série S W.A.T., grande sucesso dos anos 1970, está de volta, com um novo formato e com temas que, por mais que não sejam novos em si, continuam atuais. No Brasil, a nova série será exibida pelo canal pago Fox, a partir desta segunda-feira, 26, às 23h15.

A premissa da série é a mesma: a história de uma equipe de ação da S.W.A.T. no seu dia a dia, com um novo caso a cada episódio. A grande mudança é que agora as histórias pessoais de cada um dos personagens entram em cena, a começar pelo protagonista, Daniel ‘Hondo’ Harrelson (Shemar Moore, ex-Criminal Minds). Na estreia, após um ato heroico – e de um erro do seu capitão – ele é alçado à chefia.

Hondo passa, então, por três conflitos fundamentais. O primeiro, claro, de conquistar o respeito da sua equipe, principalmente por seu colega Deacon (Jay Harrington), há mais tempo na S.W.A.T , parecer a melhor escolha para chefiá-los. O segundo é que Hondo agora trabalha diretamente com sua chefe/amante Jessica (Stephanie Sigman) e o romance entre os dois é proibido.

Mas o maior conflito de todos é o mote principal da nova série. Os problemas internos da polícia nos EUA e a questão racial, que permanece acesa e viva até hoje no país. Hondo, negro, é designado para trabalhar no bairro onde vive, onde os negros são constantemente recriminados pela polícia, inocentes ou culpados. Ao mesmo tempo em que ele precisa cumprir seus deveres policiais, vive o dilema de entender o lado civil e brigar para melhorar o sistema.

O alívio cômico vem no personagem Jim Street (Alex Russell), o novato na equipe – que, claro, vem ajudar o telespectador a entender como funciona a S.W.A.T. Afoito, engraçado e metido a espertalhão, o personagem garante bons momentos de risada, mas serve também para ampliar o crescimento pessoal de Hondo, que passa de pupilo para, agora, mentor.

Há ainda, claro, muita ação. É uma série policial e, assim como a clássica, as cenas de perseguição e arma em punho empolgam. Claro, o poderio policial evoluiu com o tempo e as coreografias de ação de hoje parecem muito mais sérias e verossímeis do que na série original, que no Brasil ficou imortalizada com a sátira dos Trapalhões. O tema clássico também está presente – sem spoilers, no momento mais oportuno da estreia.

Também como na original, cada episódio segue com seu arco, com início, meio e fim. O primeiro, que abre a temporada, tem o estilo clássico de resolução de crime. Ou melhor, de crimes. Vários eventos que não parecem relacionados se juntam, quando o herói da história, Hondo, segue os seus instintos e percebe que tudo está conectado. Após a resolução, o personagem assume, dentro de si mesmo, o posto de chefia e até evita comemorar o caso com os colegas, já que, segundo ele, ninguém gosta de fazer uma festinha com o chefe.

O primeiro episódio gera interesse na história, mas os próximos têm um desafio. Séries policiais existem aos montes. A crítica social de S.W.A.T. também não é uma novidade na TV. A série precisa de uma carta diferencial na manga para não ser mais do mesmo. A confiança do canal original, CBS, parece um bom indicador. Apesar de ainda não ter renovado a série para a segunda temporada, pediu que a primeira ganhasse dois episódios a mais que o planejado originalmente, totalizando 22.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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