O grupo Boca no Trombone estará no Teatro Municipal de Ribeirão Preto neste domingo, 25 de fevereiro, com o espetáculo “O casamento de Dona Baratinha”, o primeiro conto infantil traduzido do português de Portugal para o Brasil. Sua origem é incerta. O registro mais antigo é de 1872, intitulado “Histórias da Carochinha”, manuscrito que se encontra na Torre do Tombo, em Lisboa. Era uma crítica às mulheres solteironas que procuravam conquistar seus pretendentes com suas fortunas.
A apresentação será às 16 horas e o ingresso custa R$ 40. Estão à venda no site www.megabilheteria.com e na loja Baby Center da rua Couto Magalhães nº 150 (telefone 3911-4664), no Alto da Boa Vista, Zona Sul da cidade. O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro, e tem capacidade para receber 515 pessoas. Mais informações pelo telefone (16) 3625-6841. A censura é livre.
O texto e a direção são de Antonio Veiga, que também atua ao lado de Vivi Reis, Brunno Brunelli e Nenê Alcântara. Os adereços são de Zilda Alckimin e as músicas, de Junior Simões. O espetáculo ainda tem luz e som de Ricardo Beatto, arte de Julia Veiga e fotografia de Gesmar Nunes. Falando principalmente de amor e relacionamento, a adaptação teatral da fábula tem uma visão moderna, mas não perde o teor original.
Aborda também outros temas, como a solidão, a partilha, o respeito pela personalidade de cada um, respeito ao próximo, contestando também o verdadeiro valor do dinheiro e do amor. Na peça, Dona Baratinha herda de sua tia Baratonilda todos os bens que ela possui: fazenda, apartamento, vestidos e dinheiro na poupança. Maquiada, com vestido novo e fita no cabelol, vai ao programa de televisão “Domingão do Galão”, apresentado por Galão Silva, em busca de um marido.
Bichos de vários cantos do Brasil se candidatam. O burro vem do Nordeste, o cachorro do Rio Grande do Sul, o bode de Minas Gerais, o gato do Rio de Janeiro, o macaco de São Paulo… Ela escolhe o ratinho, que é gentil, de fino trato e silencioso. No entanto, o noivo foge com a cozinheira que preparou a feijoada que seria servida na festa. Depois de “cair no choro”, a protagonista conclui que teve sorte, porque o rato gostava mais de feijoada do que dela.
Toda essa situação fantasiosa estimula a imaginação das crianças, pois animais personificados assumem os papéis sociais dos homens. Por detrás dessa ingênua fábula infantil existem nuances importantes da natureza e do comportamento humano. O musical valoriza o folclore nacional e cultura tradicional, com canções regionais e com a descrição de uma receita tipicamente brasileira: a feijoada.