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PNEUS – Denúncia suspende mais uma licitação

A prefeitura de Ribeirão Pre­to suspendeu mais um processo licitatório com base em denún­cia feita por vereador. Dessa vez, o alvo é o pregão eletrônico para compra de pneus e derivados para a Secretaria Municipal da Saúde (SMS. O alerta partiu de Lincoln Fernandes (PDT). O pedetista encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Admi­nistração sustentando que os preços constantes do edital es­tavam superestimados. O valor total do certame estava estimado em R$ 243.292,59.

O pregão eletrônico nº 273/2017 estava agendado para 22 de janeiro. O objetivo era o “re­gistro de preços para aquisição de pneus, câmaras de ar e protetores de câmaras de ar para veículos da Secretaria Municipal da Saúde”. Os preços estimados pela prefeitura de Ribeirão Preto, porém, estavam acima do praticado pelo mercado, segundo Fernandes. “A equipe do meu gabinete fez cotações em di­versas lojas e encontrou preços muito menores do que os que a prefeitura aceitava pagar”, sus­tenta o vereador.

Segundo ele, a diferença che­ga a mais de R$ 500 por pneu. “Um pneu cotado a R$ 1.769,19 pela prefeitura pode ser adquiri­do por R$ 1.220, uma diferença de R$ 549”, reclama. Depois de receber o ofício do pedetista, em 10 de janeiro, a Secretaria Muni­cipal da Administração suspen­deu o pregão, que não tem nova data para ser realizado.

Por meio e nota enviada à redação do Tribuna, o diretor do Departamento de Materiais e Licitações da Secretaria Munici­pal de Administração, Anderson Ferreira da Silva, informa que o pregão “foi suspenso ‘sine die’ para análise dos apontamentos constantes no ofício do vereador Lincoln Fernandes”.

Na última semana de janeiro, a Secretaria da Administração republicou o edital do pregão presencial nº 327/2017 – pro­cesso de compras nº 1.013/2017 –, com preços bem inferiores ao do processo aberto no ano pas­sado para aquisição de alimentos destinados aos 830 animais do Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto.

O edital foi suspenso após denúncia do vereador Marinho Sampaio (MDB) que constatou valores bem acima dos praticados pelo mercado nos preços do lam­bari e do filé de tilápia “Saint Peter”. Os valores dos dois itens, cancela­dos por indícios de superfatura­mento –180 quilos de lambari lim­po congelado e eviscerado e 130 quilos de filé de tilápia congelado – foram reduzidos no novo edital.

A maior diferença foi cons­tatada no quilo do lambari, que antes seria comprado por R$ 55. Agora, o valor máximo aceito pela administração municipal é de R$ 24,17, menos da metade do valor anterior, 56,05% a me­nos (economia de R$ 30,83). No item filé de tilápia, o preço por quilo era R$ 38 e foi reduzido para R$ 29,27, queda de 23% – abatimento de R$ 8,73.

Serão comprados 310 quilos de peixe e, na soma final, a eco­nomia pode ultrapassar os R$ 10 mil em apenas dois itens. Antes, em uma conta simples, conside­rando apenas os valores previs­tos em edital, a administração gastaria R$ 9,9 mil com lamba­ris, e o valor não deve ultrapas­sar R$ 4.350,60, economia de R$ 5.549,40. Com filé de tilápia, a despesa seria de R$ 4.940,00, e agora ficará em R$ 3.805,70, ou R$ 1.134,30 a menos.

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