Levantamento realizado pela CPFL Paulista, distribuidora que atende a 4,3 milhões de unidades consumidoras em 234 municípios do interior de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto –, mostra que colisões de veículos contra postes deixaram 506,4 mil clientes sem energia em 2017. A concessionária registrou 764 ocorrências envolvendo equipamentos de iluminação pública no ano passado, crescimento de 7% em comparação a 2016, quando foram contabilizados 714 acidentes, 50 a mais.
Em Ribeirão Preto, a incidência de colisões com postes cresceram 6,9%, de 29 em 2016 para 31 no ano passado, duas a mais. São mais de duas por mês, uma a cada quinzena. O prejuízo com cada unidade pode variar de R$ 1,5 a mil 3 mil. Ou seja, em 2017, motoristas descuidados tiveram que pagar entre R$ 46,5 mil e R$ 93 mil à empresa para repor as peças.
Em 2016, os acidentes deixaram 29.321 clientes sem energia elétrica por quase 155 horas – mais de seis dias. No ano passado, foram 33.313 unidades sem luz por 183,5 horas – mais de uma semana. As estatísticas apuradas pela área operacional da distribuidora mostram que, além de riscos para os ocupantes dos veículos, os acidentes também afetam toda a população. Em função das ocorrências, os 506,4 mil clientes ficaram sem energia durante 4,771 mil horas em 2017, uma média de 6h14 por ocorrência registrada pela empresa.
Em 2016, os dados da CPFL Paulista mostram que 666,6 mil clientes ficaram sem energia por conta das colisões contra postes. Os consumidores tiveram interrompidos o fornecimento de luz por 4,696 mil horas, uma média de 6h35 por ocorrência. Campinas foi a cidade da área de concessão com maior número de ocorrências mo ano passado: 67 colisões.
Na cidade, 67,1 mil clientes ficaram sem energia durante 287,5 horas, o equivalente a 11 dias. No mesmo período, em Franca, 32 colisões causaram a interrupção no fornecimento de energia de aproximadamente 38,6 mil clientes por 171,5 horas, ou sete dias. Em casos de acidentes contra postes, o culpado deve arcar com os custos dos danos causados ao patrimônio da empresa.
A substituição de um poste varia entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil. Essa diferença de valores depende dos equipamentos instalados tanto pela distribuidora de energia como pelas empresas que ocupam a estrutura. Por exemplo, um poste com iluminação pública simples tem menor valor do que um poste que possui um transformador de energia, ou equipamentos de televisão e telefonia.
“A quantidade de ocorrências de colisão com postes é um reflexo da alta imprudência nas vias. A intenção da CPFL Paulista é alertar a população, não somente para os danos à rede elétrica, mas também à segurança da própria vida e a de terceiros”, ressalta o gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia, Marcos Victor Lopes.