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‘É inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça’, diz Cármen

Na sessão solene que mar­cou a abertura do Ano Judiciá­rio de 2018, a presidente do Su­premo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse na manhã desta quinta-feira, 1, que é “inadmissível e inacei­tável desacatar a Justiça” e que sem “Justiça não há paz”.

“Pode-se ser favorável ou desfavorável à decisão judicial pela qual se aplica o direito. Po­de-se buscar reformar a decisão judicial, pelos meios legais, pe­los juízos competentes. É inad­missível e inaceitável desacatar a justiça, agravá-la ou agredi-la. Justiça individual fora do Direi­to não é justiça, senão vingança ou ato de força pessoal”, discur­sou Cármen.

“Sem liberdade, não há de­mocracia. Sem responsabilida­de, não há ordem. Sem justiça, não há paz”, completou a presi­dente do STF.

A fala de Cármen foi feita uma semana depois de o ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que “não tem nenhuma razão para res­peitar a decisão” da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que au­mentou a pena do petista de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pre­sidente do Supremo, no en­tanto, não fez menção direta a nomes em sua fala.

Durante o recesso do Ju­diciário, a presidente do STF tomou decisões que desagra­daram ao Palácio do Planalto, como a suspensão de parte do indulto de Natal (perdão da pena) assinado por Temer e o veto à posse da deputada fede­ral Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho.

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