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Bruno Mars leva seis ‘gramofones’

Antes mesmo da cerimô­nia do Grammy Awards 2018 ter início, no Madison Square Garden, em Nova York (EUA), na noite de domingo, 28 de janeiro, a academia da indús­tria de gravação revelou parte dos seus 84 indicados, princi­palmente nas categorias mais específicas – de subgêneros como melhor disco de comé­dia, por exemplo. E, nessa ce­lebração prévia, destacou-se o nome de Kendrick Lamar, o rapper cuja derrota há dois anos, com o álbum “To Pimp a Butterfly”, foi bastante questio­nada por parte da crítica.

O disco de 2015, conside­rado um fenômeno artístico e revolucionário, ao fundir a cultura hip-hop com a cultura do jazz de vanguarda da cos­ta oeste norte-americana, ao mesmo tempo em que coloca­va o dedo em feridas que mui­tas pessoas gostariam de es­quecer, levou quatro prêmios na cerimônia realizada no ano seguinte. Venceu nas catego­rias de melhor performance e melhor música, com “Alright”, melhor performance vocal de rap por “These Walls”, melhor vídeo de rap por “Bad Blood” (gravado com Taylor Swift) e melhor disco de rap.

Desta vez, “Damn”, lança­do no ano passado, faturou todos os gramofones das ca­tegorias específicas. Ainda antes mesmo do início da ce­rimônia, Lamar havia levado três prêmios. Logo nos pri­meiros minutos do Grammy, foram mais dois. “Damn” foi eleito o disco de rap do ano, a música “Humble” foi eleita a melhor canção, performance e melhor vídeo. Com “Loya­lity”, na qual Lamar divide os vocais com Rihanna, venceu como melhor performance vocal de rap.

A noite sequer havia começado e, com os cinco recebidos no início da cerimônia, ele já tinha um total de 12 gramofones na carreira – e talvez seja a hora de comprar uma nova estante. Não era, contudo, uma cerimônia só de Lamar. Pelo contrário, embora o rapper tenha se destacado nas categorias de rap, Bruno Mars e seu pop foram os protagonistas da cerimônia. Ao lon­go da noite, o havaiano foi enfilei­rando prêmios e se sagrou o grande vencedor, com seis gramofones.

Curiosamente, desde 2016 – ou seja, há três ceri­mônias do Grammy – Mars não perde uma disputa no Grammy. Foi indicado, le­vou. Desta vez, não foi dife­rente. Sozinho, ele levou as três principais categorias da noite: canção do ano (“That’s What I Like”), disco do ano (“24K Magic”) e melhor gra­vação (a faixa “24K Magic”).

Mars também se destacou previamente no início da ce­rimônia. “That’s What I Like” saiu vencedora nas categorias de melhor performance e música de R&B. A canção – executada durante a noite de cerimônia – também foi elei­ta a música do ano, desban­cando Despacito (Luis Fonsi, Daddy Yankee e participação de Justin Bieber), 4:44 (Jay -Z), Issues (Julia Michaels), 1-800-273-8255 (Logic, com Alessia Cara & Khalid).

O havaiano foi o bicho-papão nas categorias de R&B as quais disputou. Seu disco, “24K Magic”, foi eleito o melhor do gênero. Nas outras categorias, Childish Gambi­no garantiu o Grammy de melhor performance de R&B tradicional com a música “Redbone”, o carro chefe do seu novo disco. Já The Weeknd, artista pouco lembrado na cerimônia deste ano, viu o ál­bum “Starboy” ser escolhido como o melhor álbum contemporâneo.

No universo indie, as prin­cipais vitórias ficaram com o LCD Soundystem, cujo retor­no após seis anos de hiato foi celebrada com a escolha na categoria de melhor gravação dance. Já o The National, banda abocanhou o prêmio de melhor álbum alternativo, derrotando inclusive o gigante Arcade Fire, uma das poucas bandas a dei­xarem o underground e dispu­tarem – e levarem – um prêmio principal do Grammy.

No rock, Leonard Cohen, morto no fim de 2016, rece­beu o Grammy póstumo pelo disco “You Want It Darker”, como melhor performan­ce roqueira. “Run”, do Foo Fighters, foi eleita a melhor música, e “A Deeper Unders­tanding”, do War on Drugs, o disco do ano do gênero.

Desapontamento não foi só com Kendrick Lamar, cujo disco “Damn” provavelmente será lem­brado nos próximos anos com mais frequência do que o álbum de Mars. “Despacito”, música dos porto-riquenhos Luis Fonsi e Da­ddy Yankee, tocou com exaustão nas rádios do mundo, tem números impressionantes de visualizações no YouTube, quatro vitórias no Grammy Latino. No Grammy, con­tudo, a indicação para gravação do ano e melhor música foi o suficiente.

Ainda assim, nada repre­sentou melhor a onda de mu­danças pelas quais os Estados Unidos passam atualmente do que a apresentação da du­pla no palco e a ovação do público presente no Madison Square Garden. Faltou um Grammy. Mas essa sequer foi a única injustiça da noite.

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