Ribeirão Preto segue firme na ponta do ranking e ainda tem o gás de cozinha mais caro do estado de São Paulo, só que na semana passada o preço médio do botijão de 13 quilos avançou 3,84% nos revendedores da cidade, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 21 e 27 de janeiro. Na pesquisa anterior, entre os dias 14 e 20, havia recuado 3,53%, de R$ 83,67 para R$ 80,71, abatimento de R$ 3,53. Agora, saltou para R$ 83,81 (mínimo de R$ 75 e máximo de R$ 86). O estudo abrange 108 municípios.
Para os revendedores, o preço médio também subiu 1,21%, de R$ 52 para R$ 52,63 (piso de R$ 52 e teto de R$ 62), aporte de R$ 0,63. A margem de lucro, que entre os dias 14 e 20 havia baixado de R$ 31,67 para R$ 28,71, agora passou para R$ 31,18 – a variação hoje está em 59,6%, mas já chegou a 60,9%. No dia 18, a Petrobras anunciou mudança em sua política de reajustes e reduziu o valor do do gás liquefeito de petróleo envasado em botijões de 13 quilos (GLP- 13) em 5%. Os ajustes, agora, serão trimestrais em vez de mensais, com vigência no dia 5.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto está R$ 11,74 acima do praticado pelas segundas colocadas no ranking, São Caetano do Sul e Marília, que vendem o produto a R$ 75 (a cidade do ABC paulista tem valor mínimo de R$ 69,99 e máximo de R$ 80, na outra a ANP diz que piso e teto são de R$ 75), variação de 8,81%. Em comparação com o GLP-13 de Mogi Mirim, que tem o menor preço do estado, de R$ 53,09 (mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 60), a diferença chega a R$ 30,72, variação de 57,8%. Desde que a Petrobras implantou sua nova política de preços, em junho do ano passado, o preço do GLP-13 subiu 68% para os revendedores.
De janeiro de 2003 a agosto de 2015, o preço do gás de cozinha nas refinarias da estatal ficou congelado. Nem por isso deixou de subir para o consumidor: 56,8% naquele período. O repasse da queda de 5% para o consumidor não está garantido de vai depender de distribuidoras e revendedores. A Petrobras reitera que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, de modo que as revisões podem ou não se refletir no preço final.