O Ministério do Trabalho divulgou nesta sexta-feira, 26 de janeiro, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo positivo de 915 novas vagas, o melhor resultado desde 2014, quando a cidade registrou superávit de 1.583 carteiras assinadas – fruto de 127.654 demissões e 126.071 admissões. No entanto, o balanço de dezembro é negativo, com déficit de 926 empregos formais, e mostra uma tendência nada animadora para 2018.
Em 2017, os principais setores da economia ribeirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados no ano anterior, com a geração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%. A cidade terminou 2016 com 88.485 contratações e 92.345 dispensas. No ano passado foram 86.647 admissões e 85.723 demissões.
Apesar de negativo, o saldo de 2016 ficou 59,46% acima do registrado em 2015, quando Ribeirão Preto fechou com resultado negativo de 6.323 vagas – os principais setores da economia local admitiram 98.572 trabalhadores e demitiram 104.895. Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado registrado pela economia de Ribeirão Preto ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864.
Apesar do déficit, o resultado de dezembro foi o melhor para o mês em dez anos – em 2007, Ribeirão Preto o período das festas natalinas com rombo de 133 empregos formais. Nos últimos 15 anos, nem papai Noel ajudou e todos os balanços de dezembro ficaram no “vermelho”. No mês passado, a economia ribeirão-pretana contratou 5.945 pessoas e dispensou 6.871. Na comparação com novembro, a queda foi de 303,5%, com a extinção de 1.381 postos. Em relação a dezembro de 2016, porém, houve crescimento de 54,7%, de um déficit de 2.046 vagas para 926, geração de 1.120 contratos.
O balanço de dezembro acendeu o sinal de alerta em Ribeirão Preto. Dos cinco principais setores da economia, apenas o comércio fechou no “azul”, mas com resultado pífio – saldo de dez vagas, com 2.062 admissões e 2.052 demissões. O setor de serviços assinou 3.066 carteiras e rescindiu o contrato de 3.517 trabalhadores, déficit de 451. A construção civil contratou 366 pessoas e dispensou 551, rombo de 185.
A indústria encerrou dezembro com déficit de 285 empregos formais, com 392 contratações e 677 rescisões contratuais. Nem o homem do campo escapou: a agropecuária admitiu 23 pessoas e demitiu 32, saldo negativo de nove vagas.
No ano, o comércio contratou 25.568 e dispensou 25.288, saldo de 280. O setor de serviços obteve o melhor resultado, com 46.303 admissões e 44.539 demissões, superávit de 1.764 carteiras assinadas.
A construção civil decepcionou. O setor que sempre teve força na geração de vagas na cidade contratou 7.219 operários no ano passado e dispensou 7.667, déficit de 448 postos de trabalho. A indústria admitiu 6.559 e demitiu 7.007, também com um rombo de 448 empregos formais. Já a agropecuária fechou 2017 com saldo positivo de 71 carteiras assinadas, fruto de 388 contratações e 317 dispensas.
Nacional – O Brasil encerrou dezembro com o fechamento de 328 539 vagas de emprego formal em dezembro. É o segundo mês seguido de fechamento de vagas. Com o número, o ano de 2017 terminou com fechamento líquido de 20.832 vagas. Os dados divulgados nesta sexta-feira incluem os contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a parcial. As regras começaram a vigorar em novembro do ano passado.